segunda-feira, 29 de junho de 2009

Hipertexto



O hipertexto pode ser definido como uma rede de nós entre os quais existem ligações (links), ou vínculos, que associam um nó ao outro. Os nós podem conter textos, gráficos, áudio e vídeo, bem como programas de computador executáveis ou outras formas de dados. Quando uma ligação é ativada, a partir da âncora do hiperdocumento, um salto é feito para o ponto associado pela ligação, que pode ser uma palavra, frase ou nó inteiro do mesmo documento ou de outro.

O hipertexto é um texto não-linear, sem ponto fixo de entrada e de saída, sem uma hierarquia pré-determinada, sempre expansível e literalmente sem limites, que tem como componentes básicos as ligações, os nós e as âncoras.

Pierre Levy (1993) define hipertexto como um conjunto de nós ligados por conexões. Os nós podem ser palavras, páginas, imagens, seqüências sonoras ou documentos complexos. Os itens de informação não são obrigatoriamente ligados linearmente, como os elos de uma corrente, mas cada um deles pode estender como uma estrela e, dessa forma, cada nó pode, por sua vez conter uma rede inteira.

Um sistema hipertexto trabalha em colaboração com o usuário, o qual tem a inteligência para compreender o conteúdo semântico dos vários nós e determinar qual de suas ligações seguirá.

O hipertexto pode ser considerado como uma nova classe para o gerenciamento de informações, pois permite criar, anotar, unir, e compartilhar informações, proporcionando o acesso a estas de uma forma não-seqüencial, ao contrário dos sistemas de informações tradicionais, que são seqüenciais por natureza.

Uma forma simples de definir hipertexto é através do contraste que existe com os tradicionais livros de texto. Todas as formas de impressão ou mesmo arquivos de computadores são seqüenciais, ou seja, existe uma seqüência linear definindo a ordem que o texto deve ser lido. De maneira contrária, um hipertexto possui uma estrutura mais complexa, onde existem caminhos que podem ser percorridos em diversas ordens, quebrando a estrutura seqüencial.

"O hipertexto consiste de textos escritos não-seqüencialmente que permitem ao leitor escolher múltiplos caminhos e acessar informações em cadeia através da tela do computador em tempo real" (NELSON, 1960 e SNYDER, 1997:20 apud XAVIER, Antônio Carlos) [11].

http://www.dca.fee.unicamp.br/~leandro/tutoriais/IA010/portal.html

"Inclusão digital" é a palavra mais "sexy" no governo, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (26), durante evento em Porto Alegre, que a inclusão digital é a palavra "mais sexy" do governo atualmente. Ele afirmou que o governo está tomando medidas para fazer com que o país avance nessa área.

"O governo tem dez ministros que falam em inclusão digital. Inclusão digital é a palavra mais 'sexy' do governo, sabe? É a palavra mais 'sexy' --todo mundo fala", afirmou Lula, durante pronunciamento no 10º Fisl (Fórum Internacional do Software Livre).

"Então, eu precisava de um coordenador que falasse uma linguagem só para mim, e coloquei o companheiro César Alvarez, que é um gaúcho aqui do Rio Grande do Sul", disse o presidente, a respeito do assessor especial da Presidência da República para inclusão digital.

Entretanto, um dos principais programas do governo para essa área, chamado Um Computador por Aluno (UCA), ainda não decolou.

O projeto prevê a distribuição de 150 mil laptops para distribuição em escolas públicas, mas o processo de compra dos aparelhos se arrasta desde 2007 e o MEC já descartou entregá-los neste semestre.

Economia

Lula falou sobre as iniciativas adotadas para a área do software livre --o governo afirma ter economizado R$ 372 milhões com a adoção desse tipo de plataforma. Segundo Lula, houve uma "tensão imensa" entre os que defendiam a adoção do software livre e os contrários à ideia.

"Nós tínhamos que escolher: ou nós íamos para a cozinha preparar o prato que nós queríamos comer, com os temperos que nós queríamos colocar e dar um gosto brasileiro na comida, ou nós iríamos comer aquilo que a Microsoft queria vender para a gente. Prevaleceu, simplesmente, a ideia da liberdade", afirmou o presidente, no discurso.

Ele também ressaltou as mudanças sociais geradas pela informatização da sociedade, mas afirmou ser "analfabeto nesta questão da internet". "Meus filhos são todos doutores perto de mim", afirmou o presidente. "É a primeira vez que os netos são mais sabidos do que os avós."

Postado: Midiamax

terça-feira, 9 de junho de 2009

Programa 'Um Computador por Aluno' não sai do papel

A distribuição de laptops para alunos da rede pública, ideia abraçada pelo presidente Lula em 2005, virou um nó que o governo não consegue desatar.

Após o cancelamento da primeira compra em 2007, sob a alegação de que o preço teria ficado alto demais, o Ministério da Educação (MEC) reprovou tecnicamente o modelo de menor preço, no pregão eletrônico iniciado em dezembro de 2008.

Um novo teste será feito pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), mas a demora ameaça a execução, este ano, do programa Um Computador por Aluno (UCA).

O que está em jogo é a aquisição de 150 mil laptops, para distribuição em 300 escolas públicas, em todos os estados.

As escolas farão parte de um projeto-piloto que, em tese, abriria caminho para a compra e entrega de laptops a milhões de estudantes, envolvendo recursos da União, de governos estaduais e prefeituras.

Na prática, porém, a transação não sai do papel, divide opiniões dentro do governo e, em termos pedagógicos, recebeu críticas do Tribunal de Contas da União (TCU).

A empresa brasileira Comsat, em parceria com a indiana Encore, ofereceu o menor preço: R$ 550,33 por máquina, um negócio de R$ 82,5 milhões. A reprovação no teste de aderência — em que os técnicos verificam se o produto segue as recomendações do edital — fez a Comsat partir para o ataque.

No mês passado, o procurador da empresa, Jackson Sosa, denunciou supostas irregularidades na avaliação. Segundo ele, o laptop foi inicialmente aprovado, mas concorrentes da Comsat teriam sido chamados a apontar falhas no equipamento.

Sosa anunciou que acionaria o TCU para verificar a lisura do MEC na condução do teste e defendeu o cancelamento do pregão:

— É mais pertinente ser cancelado, para que seja feito de maneira mais clara.

O MEC nega qualquer irregularidade e escalou o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Daniel Balaban, para falar do assunto.

Segundo ele, representantes da Comsat acompanharam pessoalmente os testes e foram devidamente informados sobre os problemas detectados. Daniel diz que a empresa teve 48 horas para entregar uma nova máquina, como prevê o edital, mas não cumpriu o prazo.

— Edital é edital, não existe jeitinho — afirma o presidente do FNDE.

Inicialmente o MEC tinha restrições ao programa Um Computador por Aluno, que é tocado pela Presidência da República.

O chefe-de-gabinete adjunto do presidente Lula, Cezar Alvarez, é um entusiasta da iniciativa. Ele estava com Lula em Davos, na Suíça, em 2005, quando o professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), Nicholas Negroponte, lançou a proposta mundial de fabricação de laptops a US$ 100 para estudantes.

Alvarez lembra que algumas escolas já receberam laptops e que a experiência foi positiva. Ele argumenta que o computador de baixo custo é um projeto inovador no mundo inteiro, o que dificulta a sua testagem:

— Estamos num jogo comercial pesado — resume Alvarez.

Minha opinião:

É uma pena que este projeto esteja encontrando uma série de entraves; como professor que atuou no desenvolvimento deste projeto acho uma falta de respeito para com as escolas, educadores e educando, o constante atraso neste projeto. Não se presta nenhum serviço a educação brasileira com este mecanismo; sei muito bem o que significa o jogo comercial a qual o senhor Alvarez se refere porém educação está acima de qualquer coisa. A perda de tempo e dinheiro neste projeto pode transformar uma das mais belas propostas deste governo em uma triste realidade.


fonte da reportagem:
http://oglobo.globo.com/blogs/educacao/posts/2009/06/08/programa-um-computador-por-aluno-nao-sai-do-papel-193634.asp