quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Inclusão digital só tem trapalhadas

O governo Lula não alcançará as metas do Programa GESAC (Governo Eletrônico e Serviços ao Cidadão) que previa levar a banda larga, em duas fases, a um total de 107 mil escolas de primeiro e segundo graus. O projeto, a cargo do Ministério das Comunicações, iniciado em 2008, previa entregar em 2010 um total de 55 mil escolas conectadas e contratar sua ampliação para 107 mil escolas. Mas não alcançará nenhuma das metas.

A parceria firmada em 2008 previa que as concessionárias de telefonia levariam a banda larga às escolas, enquanto ao governo caberia treinar 80 mil professores, produzir conteúdos, adquirir e instalar os computadores para cada escola, manter os equipamentos, preparar as comunidades de cada cidade e fiscalizar todas as etapas do projeto.

As concessionárias de telefonia cumpriram sua parte, mas o governo, não. Mesmo assim, a ex-ministra Dilma Rousseff tem afirmado que o governo Lula já conectou 44.218 laboratórios das escolas à rede de internet.

A afirmativa é parcialmente verdadeira, pois, para que essas 44.218 escolas possam utilizar a internet de banda larga, ainda faltam computadores, conteúdos e professores treinados. Pior ainda: por falta de recursos, o governo federal cancelou na semana passada a segunda parte do projeto. Os responsáveis pelo projeto chegaram à conclusão de que, por erro de planejamento, não será possível conectar via satélite a maioria dos pontos de presença do GESAC. Além dos custos proibitivos para esse tipo de conexão, o Brasil precisaria dispor hoje de mais 13 ou 15 novos satélites de telecomunicações.

Diante desse cenário, o Ministério das Comunicações decidiu reduzir de 107 mil para 55 mil pontos de presença em sua nova proposta de licitação do aumento de capacidade de conexão do GESAC. Segundo o novo edital, que deveria ser posto em consulta pública nesta semana, 33 mil conexões à internet serão destinadas a escolas rurais públicas, que já dispõem de laboratórios de informática. As 12 mil restantes substituirão as atuais, que atendem telecentros, aldeias indígenas, pontos de cultura, telecentros da pesca e da Fundação Banco do Brasil, Casa Brasil, Fome Zero, Proinfo, entre outras comunidades.

fonte: ADnews

Minha Opinião
Fica quase impossível o governo federal cumprir a sua promessa por muitos fatores, pois trabalhar em parceria se torna complicado quando o seu parceiro só quer fazer a presença física.
Existem muitos erros no modelo de inclusão digital adotado pelo governo, desde a qualificação do docente até a falta de uniformidade e compromisso de alguns governos estaduais. Concordo com um professor de uma renomada instituição de ensino superior...certas coisas são erro de gestão, mas é preciso falar uma verdade, muitos projetos do governo federal não encontram reciprocidade nos seus parceiros, bem como o governo avalia mal o seu parceiro.