segunda-feira, 25 de outubro de 2010

IDG Now! » Computação Pessoal » Sistemas Operacionais computacao_pessoal Sistemas Operacionais Cinco erros comuns para novatos em Linux

Por PC World/EUA
Aprender a dominar o Linux requer um mínimo de empenho. Persevere, e verá que o sistema é seu amigo.
A chegada do Ubuntu 10.10 veio para aumentar a lista de argumentos que justificam a migração de sua empresa para a plataforma aberta Linux. O sistema operacional está mais simpático ao usuário e nem por isso condenou as robustas configurações de segurança que o diferenciam dos produtos concorrentes a se desmanchar em /dev/null.
Se você se encaixa na categoria Linux newbies (usuários recém chegado à plataforma criada por Linus Torvald) merece palmas. Agora que se livrou das amarras impostas por licenças e travas de sistema que o impedem de manipular o seu SO da maneira que achar melhor - e das outras tantas desvantagens embutidas nos sistemas Mac e Microsoft - aproveite para conhecer os erros que você provavelmente vai cometer, assim como todos os novatos.
Não queremos te desanimar, pois nenhum desses erros é, digamos, fatal. Mas vale a pena estar atento para não passar por essa dores de cabeça. Então, sem mais delongas, respeitável público: cinco coisas que você deve evitar ao migrar para o Linux.
1. Linux não é Windows
O ser humano é dominado por hábitos. Passados anos na frente de estações de trabalho munidas a Windows ou a Mac, é natural que espere um ambiente semelhante.
Várias características que faziam do Windows e do Mac OS sistemas descomplicados de usar foram incorporados ao Ubuntu e a outras distribuições Linux recentes. Isso faz do sistema algo que, visualmente, é bastante parecido. Analisando a questão sob um prisma pragmático, é necessário alertar que a versão 10.10 do Ubuntu (codinome Maverick Meerkat) não vem enlatada e pronta para usar, como acontece com o Windows.
Não queremos dizer que usar o Ubuntu seja mais complicado que manipular o sistema da Microsoft. Linux, definitivamente, não é mais difícil que os outros SOs, apesar das diferenças. Pode ser que leve algum tempo até você se acostumar com o jeito da plataforma funcionar. Não desanime. Tudo requer aprendizado, e as vantagens ultrapassam de longe os incômodos iniciais.
2. Rodar o sistema em modo root sem necessidade
Uma das grandes diferenças entre os sistemas Linux e o Windows é o fato de os usuários do primeiro, por padrão, não terem todos os direitos sobre o software. Quando o assunto é segurança, isso faz a maior diferença. Esteja consciente de que não há necessidade de usar o Linux em modo administrador cada vez que realiza o login.
Isto posto, não há qualquer motivo para temer o modo root. Para realizar determinadas tarefas ele é necessário, e por bons motivos. Mas não abuse.
3. Usar o Google para encontrar softwares
Se você vem da plataforma Windows, deve estar acostumado a procurar por aplicativos e, se necessário for, pagar o que custam. Mas, uma das belezas do sistema do Pinguim está no fato desse processo ser menos complicado e não envolver o escrutínio de diretórios da web na busca por softwares. Sem mencionar que geralmente as soluções têm custo igual a zero.
Quase todas as distribuições Linux têm um gestor de aplicativos. Invista um pouco de tempo se informando como esse recurso funciona. No caso do Ubuntu, ele é chamado de Ubuntu Software Center. Com base nesse gerente de pacotes, você poderá encontrar praticamente qualquer software de que necessite.
4. Não tema o shell
Sem dúvida os sistemas operacionais se afastaram da linha de comando (aquela tela preta com um prompt). Mas, no caso do Ubuntu 10.10, ele se faz necessário para uma variedade de tarefas.
Não tema esse ambiente. A diferença entre digitar alguns comandos básicos nessa interface não difere muito do "clicar / arrastar / soltar" com o mouse. Isso, sem mencionar que rodar processos na linha de comando pode ser mais eficiente e mais rápido que a interface gráfica. Ninguém está pedindo que decore as centenas de comandos passíveis de disparar uma rotina, mas quando isso for requerido, vá com fé.
5. Desistir logo no começo
Toda mudança é difícil, e o fato do novo sistema ser mais fácil não ameniza o choque da migração entre plataformas. Lembre-se que você não nasceu sabendo administrar o Windows nem o Mac OS. Por que dominaria o Linux assim, logo de saída?
O Linux pode parecer muito diferente do que você estava acostumado, mas isso não faz dele o vilão ou um ladrão de sono. Não desista. Em pouco tempo você nem vai mais notar a diferença entre os sistemas XP, Linux, Win 7, Mac OS etc. Logo você vai perceber que o modo do Linux realizar as tarefas faz mais sentido. E, quando menos esperar, não irá se recordar da época em que vivia sem ele.
(Katherine Noyes )

fonte: IDG NOW

Torneio de robôs



Não é fácil, no mundo do futebol, gerenciar uma equipe vencedora. O assédio financeiro dos rivais, o desgaste das noites em claro, jogadores de se recusam a cumprir ordens simples... Os problemas são os mesmos, não importa se seu time é formado por atletas de carne e osso ou por robôs e estudantes de engenharia.
“Tem muita coisa que pode dar errado”, resume o estudante de engenharia elétrica Taumar Morais, um dos cerca de 700 alunos e professores que participam entre domingo (24) e quarta-feira (27) da Competição Latino-Americana de Robótica (Larc), no Centro Universitário FEI, em São Bernardo, na Grande São Paulo.
O evento não tem apenas futebol de robôs: há simulações de operações de resgate, percursos com obstáculos, e até uma competição de dança entre máquinas humanóides. Mas numa competição que reúne jovens de países da América Latina, em sua maioria do sexo masculino, é normal que o futebol atraia mais atenção.
“A gente vem para ganhar, é como no estádio mesmo”, conta Diones Fischer, calouro no curso de engenharia da computação da Universidade Federal do Rio Grande. Em sua primeira competição, Fischer faz parte da equipe atual hexacampeã da categoria RoboCup F180. Como todo bom representante do futebol gaúcho, o destaque do time é a defesa, explica Fischer. Nos últimos campeonatos, os robôs da FURG pareciam saber jogar mesmo sem a bola. A ideia é repetir a tática este ano, embora toda a programação da estratégia da equipe tenha sido feita do zero.
Funciona assim: a chamada inteligência artificial dos robôs é criada pelos programadores de cada time. A maioria das equipes desenvolve os algoritmos, sequências de instruções que cada máquina deve seguir dependendo da situação de jogo, em linguagem de programação C. Criada em 1972, é uma das linguagens mais populares entre os programadores, principalmente por poder ser compatível com quase todas as arquiteturas – tipos de máquinas – existentes hoje em dia.
Os times também desenvolvem as “entranhas”, as placas que transportam as instruções dadas pela inteligência artificial para sistemas responsáveis pelos movimentos do robô. É um trabalho meticuloso, que envolve projetar as placas em computador, testar virtualmente o funcionamento dos circuitos, encomendar os equipamentos e, depois, testá-los novamente para ver se o sistema – já montado – está em ordem.
Só na torcida
Mas após o apito de início de cada partida, os alunos viram espectadores. Dali em diante é o computador quem decide o que cada robô deve fazer para garantir a vitória. Duas câmeras instaladas sobre o campo enxergam pontos coloridos colocados sobre os “atletas”, e transmitem para a máquina a posição dos robôs, além das coordenadas da bola.
Os programas desenvolvidos pelos estudantes analisam essas informações e escolhem, automaticamente, qual a melhor tática para chegar ao gol. As instruções são repassadas, por radiofrequência para cada robô.
Quando tudo dá certo, os minicraques desarmam o adversário, driblam e carregam a bola em direção ao gol. Se enxergarem que o caminho está livre, sem nenhum adversário para impedir o tento, acionam uma pequena mola que solta o “chute”.
As habilidades desenvolvidas pelos estudantes que participam destas competições faz com que eles sejam desejados pelo mercado de trabalho antes mesmo de se formarem. “Hoje em dia a gente tem dificuldade em segurá-los dentro da universidade”, diz a professora Esther Colombini, do Instituto Tecnológico de Aeronáutica. Há déficit de bons profissionais de engenharia e ciência da computação tanto no mercado brasileiro quanto no exterior.

fonte: Portal G1