terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
Confira o calendário de competições escolares para 2013
O ano letivo já começou, e junto com ele algumas olimpíadas científicas e de conhecimento abriram as suas inscrições. As competições ganharam muita popularidade nas escolas nos últimos anos e podem ser utilizadas pelos professores como ferramenta para estimular o interesse dos alunos e a busca por diferentes abordagens em todas as disciplinas. Além disso, a participação pode proporcionar aos estudantes o aprofundamento nos estudos, novas amizades e até mesmo a classificação em etapas internacionais das competições. Algumas olimpíadas, inclusive, exploram a interdisciplinaridade e valorizam a habilidade dos participantes em relacionar os conhecimentos adquiridos em sala de aula com as atividades e acontecimentos cotidianos.
O Portal da EBC selecionou e listou algumas das olimpíadas que atualmente são promovidas no país por diferentes instituições e entidades. Confira abaixo a lista com os principais eventos:
//Olimpíadas Brasileira de Química (OBQ)
É voltada para alunos do ensino médio. Podem participar estudantes de escolas públicas ou particulares que tenham disputado as olimpíadas estaduais de química.
Como se inscrever: o estudante deve ter participado das etapas estaduais da OBQ para poder disputar a competição nacional. Por isso deve ficar atento ao calendário das competições que são realizadas nos estados. Serão inscritos até 25 alunos por estado pelo coordenador da OBQ em cada unidade da federação.
Período de inscrições: 1 a 15 de agosto de 2013
Mais informações: www.obquimica.org
//Olimpíadas Brasileira de Química Júnior (OBQJúnior):
É destinada a estudantes do 8º e 9º ano do ensino fundamental. Podem participar alunos de escolas públicas ou privadas.
Como se inscrever: cada escola deverá escolher um representante que será responsável por inscrever os alunos interessados via internet. O representante precisa fazer um cadastro para depois poder inscrever os alunos.
Período de inscrições: 6 de maio a 8 de junho de 2013
Mais informações: www.obquimica.org
//Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM)
Organizada pela Sociedade Brasileira de Matemática, é aberta a todos os estudantes dos ensinos fundamental (a partir do 6º ano) e médio das escolas públicas e privadas.
Como se inscrever: é a escola quem faz a inscrição dos seus alunos. As regras para a edição de 2013 ainda não foram divulgadas.
Informações: www.obm.org.br ou pelo telefone (21) 2529-5077.
//Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP)
É promovida pelos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e Educação (MEC), com realização do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa). Podem participar alunos dos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano) e do ensino médio, somente de escolas públicas.
Como se inscrever: as escolas deverão fazer a inscrição dos alunos pela internet, no site da competição . Para a primeira fase não é necessário fazer inscrição nominal dos estudantes, apenas informar o total de alunos interessados em participar da competição.
Inscrições: ainda não foi definido o calendário da OBMEP para 2013.
Informações: www.obmep.org.br, pelo telefone (21) 2529-5084 ou pelo e-mail contato@obmep.org.br
//Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA)
A OBA é organizada todos os anos pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e a Agência Espacial Brasileira (AEB). Podem participar alunos de todas as séries do ensino fundamental e médio, tanto de escolas públicas como privadas.
Como se inscrever: A inscrição será feita por um professor representante de cada escola. A instituição interessada em participar deverá se cadastrar no site da competição e poderá inscrever quantos alunos quiser.
Período de inscrições: cadastro de novas escolas até 13 de março
Informações: www.oba.org.br
//Olimpíada de Geografia – Viagem do Conhecimento
A competição é uma realização da revista National Geographic. Podem participar alunos do 8º e 9º ano do ensino fundamental e do primeiro ano do ensino médio – tanto de escolas públicas quanto particulares.
Período de inscrições: o calendário da edição de 2013 ainda não foi definido
Como se inscrever: as inscrições do aluno devem ser feitas por um professor, coordenador ou diretor da escola. Cada instituição de ensino deve ter um único cadastro, no qual irá inscrever todos os interessados.
Informações: www.viagemdoconhecimento.com.br ou viagemdoconhecimento@abril.com.br .
//Olimpíada Brasileira de Biologia (OBB)
É organizada pela Associação Nacional de Biossegurança (ANBio). A competição é destinada a alunos do ensino médio de escolas públicas e particulares.
Como se inscrever: a inscrição deverá ser feita por um professor que ficará responsável pelas atividades da olimpíada na sua escola. As instituições de ensino podem fazer o cadastro no site da competição.
Período de inscrição: as escolas interessadas em participar devem fazer o cadastro até 9 de abril
Informações: www.anbiojovem.org.br
//Olimpíada da Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro
A competição é bienal. A última foi realizada em 2012, portanto não haverá uma edição em 2013. É promovida pela Fundação Itaú Social, Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária) e Ministério da Educação (MEC). Podem participar tanto professores como alunos da rede pública.
Como se inscrever: o primeiro passo é a a secretaria de educação do município ou do estado aderir à competição. Só então os professores poderão fazer a inscrição dos seus alunos, via internet. .
Período de inscrições: não haverá competição em 2013. O calendário para 2014 ainda não foi divulgado.
Informações: www.escrevendoofuturo.org.br.
//Olimpíada de Informática
Organizada pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC) com apoio da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é voltada para alunos dos ensinos fundamental e médio de escolas públicas e particulares. É dividida em dois níveis: iniciação e programação.
Como se inscrever: a inscrição pode ser feita somente por um professor. Ele deve se cadastrar no site e depois encaminhar a inscrição dos alunos da sua escola.
Período de inscrições: ainda não foi divulgado o calendário para a edição de 2013
Informações: olimpinf@ic.unicamp.br ou http://olimpiada.ic.unicamp.br
//Olimpíada Brasileira de Física
É uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Física (SBF) e destinada a estudantes do ensino médio e do 8° e 9º ano do ensino fundamental.
Como se inscrever: a inscrição é de responsabilidade do professor que deverá preencher o cadastro online no site da competição.
Período de inscrições: ainda não foi divulgado o calendário de 2013
Informações: www.sbf1.sbfisica.org.br/olimpiadas
//Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente
Organizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a competição é voltada aos alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, de escolas públicas e privadas do Brasil, e visa fortalecer nos jovens estudantes o desejo de aprender, conhecer, pesquisar e investigar temas em educação, da saúde e do meio ambiente.
Como se inscrever: a inscrição é de responsabilidade do professor que deverá preencher o cadastro online no site da competição.
Período de inscrições: ainda não foi divulgado o calendário de 2013
Informações: www.olimpiada.fiocruz.br
//Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas
A Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas busca a melhoria do ensino e estudo das ciências e oferece aos estudantes uma forma de avaliar sua aptidão e seu interesse pela Ciência, em geral, e pela física em particular. Ela é organizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) por meio do CNPq, do Ministério da Educação (MEC) e é parte de um programa permanente da Sociedade Brasileira de Física (SBF).
Como se inscrever: a inscrição é de responsabilidade de cada escola, que indicará professores responsáveis. O cadastro pode ser feito no site da olimpíada.
Período de inscrições: ainda não foi divulgado o calendário de 2013
Informações: http://www.sbf1.sbfisica.org.br/olimpiadas/obfep2012/index.html
//Olimpíada Nacional de Oceanografia
A ONO é um evento realizado pela Associação Brasileira de Oceanografia (AOCEANO), o Fórum de Coordenadores de Cursos de Graduação em Oceanografia do Brasil e a Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM). Tem como objetivo despertar o interesse dos jovens pela Oceanografia.
Como se inscrever: os estudantes interessados em participar devem solicitar que sua escola realize o cadastro na página oficial do evento. A instituição de ensino também deve possuir um professor que representará a ONO na escola.
Período de inscrições: ainda não foi divulgado o calendário de 2013
Informações: http://www.aoceano.org.br/ono2012/
//Olimpíada Brasileira de Linguística (OBL)
A Olimpíada de lógica, línguas e linguística é uma competição destinada a estudantes brasileiros do ensino médio, de todos os tipos de escola. Nela, um problema típico é baseado em informações de uma linguagem não familiar e requer que os competidores descubram alguma parte do sistema baseado nos dados.
Como se inscrever: o estudante interessado em participar deve solicitar que a escola se cadastre. Para isso, basta mandar dados básicos (nome e endereço da escola, nome e contato do professor representante) para obl.comissao@gmail.com
Período de inscrições: ainda não foi divulgado o calendário de 2013 da olimpíada.
Informações: http://www.olimpiadascientificas.com/olimpiadas/linguistica/obl/
//IJSO BR
A IJSO BR é uma competição de física, química e biologia que nasceu da nasceu da seletiva para a competição internacional IJSO, e desde 2009 passou a premiar aqueles com as melhores pontuações com medalhas e certificados. Podem participar estudantes que tenham até 15 anos até o dia 31 de dezembro do ano da competição.
Como se inscrever: As inscrições são realizadas no início do ano, no site da competição. Cada inscrição individual custa R$50, e escolas podem se cadastrar por R$350,00, sem limite para a quantidade de alunos inscritos. A rede pública é isenta da taxa de participação.
Período de inscrições: As inscrições estão abertas até o dia 20 de maio
Informações: http://www.olimpiadascientificas.com/olimpiadas/interdisciplinar/ijso-br/
Fonte : Portal EBC
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
Vídeo compila os momentos mais engraçados de Steve Jobs
Se estivesse vivo, Steve Jobs teria completado 58 anos no último domingo, 24. O gênio por trás da Apple, uma das principais marcas de tecnologia do mundo, foi o responsável por diversas apresentações de produto.
No palco ele costumava mandar muito bem. Sempre falava com firmeza e descontração ao apresentar as inovações de sua marca.
Em homenagem a ele, um canal no YouTube dedicado a Jobs compilou alguns dos momentos mais engraçados de suas apresentações. Para quem admira o inventor, a coleção é um prato cheio.
Ainda no mesmo canal é possível matar o saudosismo e assistir a mais de 250 vídeos de Steve Jobs.
O "soft power" brasileiro
O Brasil é um país sem poder bélico, mas está descobrindo uma outra forma de inserção no mundo, através das suas ideias, cultura e práticas
Londres conseguiu, no período da Olimpíada, construir uma imagem bastante positiva da Inglaterra. Trabalha agora para manter e ampliar esta conquista. Foca nas parcerias e presença cultural que possam gerar este tipo de dividendo no mundo.
Assim como as pessoas desenvolvem -às vezes com muito esforço- uma forma de expressão e conexão com o mundo, os países também constroem imagem e cara.
Podem provocar simpatia, implicância, admiração, desinteresse ou repulsa. No caso de países, esses sentimentos são formados pela atratividade de sua cultura, ideais e práticas políticas externas e internas. Quando essas políticas aparecem como legítimas aos olhos dos outros, o "soft power" daquele país cresce.
Além de suas capacidades militares e técnicas mesuráveis e visíveis, os países, cada vez mais, se esforçam para mostrar qualidades imateriais -veja a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) premiando o frevo como patrimônio imaterial.
Isso se chama "soft power". Se for suficientemente atraente, funcionará como uma luz que conquistará visitantes, investidores e sonhadores. Quando o conjunto é de tal monta consistente, pode exercer extraordinário poder (soft power) como Hollywood em relação aos EUA, a moda e a gastronomia na França, os monumentos históricos da humanidade na Itália e na Grécia...
Trata-se, porém, muito mais que cinema, comida ou monumentos. São valores, posições históricas, políticas externas e autoridade moral que, no conjunto, geram admirações e sonhos.
Com a projeção internacional do Brasil como nova potência econômica agregada ao já admirados futebol e Carnaval mais o interesse despertado por um país que diminuiu a desigualdade social ao eleger um operário para presidente e logo após uma mulher, temos a oportunidade única de fortalecer nosso "soft power" no cenário internacional.
Esse conceito foi criado por Joseph Nye, professor da Universidade Harvard, que define a capacidade de um país influenciar relações internacionais, exercer um papel de encantamento e sedução através de qualidades "softs", em especial manifestações culturais fortes e diversas. O termo se contrapõe ao poder militar chamado "hard power".
Países que já entenderam este "poder" investiram na transmissão de sua língua e presença cultural no exterior. A Inglaterra com o British Council, Alemanha com o Instituto Goethe, a França com a Aliança Francesa, Portugal com o Instituto Camões, a China com mais de mil institutos Confucio. Instituições que vão muito além do ensinamento do idioma.
Esses investimentos (o que temos de bom, o que produzimos para o mundo como cultura) ocorreram quando a maioria desses países começaram a perder suas colônias e precisavam aumentar seu comércio. Nós somos um país emergente, o único sem poderio bélico, mas que está descobrindo outra forma de inserção.
Essa é, acredito, a grande oportunidade de consolidação e ampliação de nossa força como potência atraente para comércio, investimentos e turismo. Temos, portanto, o desafio de somar e coordenar esforços numa articulação estruturada que tenha a capacidade de envolver agentes públicos e privados.
Com o mundo em transformação tão rápida, o desejo de desvendar o diferente, a procura do lazer pelos povos mais afluentes, a mobilidade e fome por conhecimento, sobretudo pela juventude, vislumbramos a condição de exercermos importante e decisiva atração no mundo. O Ministério da Cultura estuda os melhores instrumentos para a potencialização desta oportunidade, agora acentuada pelas janelas que serão a Copa e a Olimpíada.
MARTA SUPLICY, 67, é ministra da Cultura. Foi prefeita de São Paulo (2001-2004), ministra do Turismo (2007-2008) e senadora (2011-2012)
LibreOffice 4: a Suíte Office que pode revolucionar o uso de OpenSources
O LibreOffice 4 é uma suíte de aplicações de escritório destinada tanto à utilização pessoal quanto profissional. Um dos pontos fortes desse aplicativo é sua lista de compatibilidade com a principal suíte office existente no mercado. Desde de sua versão inicial, ele oferece todas as funções esperadas por um aplicativo dessa categoria: Editor de textos, Planilha, Editor de Apresentações, Editor de desenhos e Banco de Dados; contudo se destacou bem menos que seu concorrente pago. Sendo assim, esta versão pode se tornar o grande "carro chefe" na popularização do uso de Softwares OpenSources, pois promete grandes diferenças das versões anteriores e completa compatibilidade com a versão MSOffice 2013 e anteriores. E aí... o que está esperando para conhecê-lo e instalá-lo ?!
O LibreOffice versão 4 vem repleta de novidades. Dentre elas posso destacar algumas:
1 - Suporte aos temas do Firefox
2 - Integração à interface Unity
3 - Suporte a documentos do MS VISIO e MS Publisher
4 - Várias melhorias no DOCX, XLSX, PPTX
Importação de tabelas flutuantes, objetos OLE dentro de retângulos, margens de imagens embutidas usando a marcação processamento de texto.
5 - Habilitada a associação de comentários a intervalos de texto no documento
6 - Controle remoto do Impress para telefones Android
Novos Recursos LibreOffice 4
Com tantas melhorias, não poderia passar despercebido ou esquecido algum tipo de comparação com o famigerado MSOffice.
Portanto, a Equipe de Colaboradores da Document Foudantion levantou alguns quesitos comparativos. Portanto, analise a tabela completa aqui
Por fim, segue um vídeo do Canal Quidsup Linux Tutorials and Reviews demostrando as principais características:
Fonte : Linux Descomplicado
domingo, 24 de fevereiro de 2013
Nova metodologia de ensino com base na tecnologia começa no Rio
Uma nova metodologia de ensino que utiliza amplamente os novos meios tecnológicos está nascendo na cidade do Rio de Janeiro. Os 180 alunos do 7º, 8º e 9º ano da Escola Municipal André Urani, na favela da Rocinha, Zona Sul do Rio, já estão integrados ao Projeto Ginásio Experimental de Novas Tecnologias Educacionais, o Gente. Com isso, esses jovens são os pioneiros da iniciativa da Secretaria Municipal de Educação (SME) que, além de tirar da escola velhas práticas da educação tradicional, como a utilização de quadros negros e giz, dá autonomia ao aluno para decidir o ritmo de seu próprio aprendizado.
De acordo com o subsecretário de Novas Tecnologias Educacionais da SME e idealizador do projeto Gente, Rafael Parente, a iniciativa representa uma resposta ao sistema de aprendizagem vigente na maioria das escolas, que segundo ele é “falido”.
“Em primeiro lugar, é dar certeza que o modelo atual não responde aos anseios dos alunos. A escola de hoje está meio falida, já há um consenso para mudar o trabalho dos educadores” ressalta Parente, que explica como foi o processo para criar o projeto: “como todos se perguntavam como conseguir um novo modelo de escola, comecei a acompanhar discussões de pais e alunos em redes sociais e visitei escolas com outros modelos não tradicionais. A partir daí, unimos alguns conceitos e teorias de profissionais em pedagogia, neurociências, entre outras áreas, e achamos um direcionamento educacional para criar esse novo conceito, o Gente”, revelou ao Jornal do Brasil
A nova metodologia de ensino tem como objetivo proporcionar ao aluno autonomia e criar um espaço de construção colaborativa do conhecimento, a partir das novas tecnologias. Para alcançar isso, os 180 alunos são divididos em 30 “famílias” de seis, independentemente da série em que estão matriculados.
Nesse primeiro momento de implantação do Gente, denominado diagnóstico, os próprios alunos escolheram suas “famílias” de acordo com suas afinidades, mas passam por testes de habilidades cognitivas, que são as matérias tradicionais, e não cognitivas, que são provas para saber, por exemplo, como eles pensam o mundo, o senso crítico, o nível de inteligência emocional e perseverança. Quando o diagnóstico terminar, os alunos serão realocados de acordo com o resultado dos testes.
Cada aluno do projeto recebeu um tablet ou netbook para realizar as tarefas do dia-a-dia, onde eles próprios escolhem a ordem e como fazer, de acordo com um itinerário pré estabelecido semanalmente pelo Gente. Ao chegarem à escola, os jovens estudantes passam por um processo para compartilhar com o grupo a expectativa para o dia e, com a ajuda dos professores, no projeto denominado “mentores”, cada um irá decidir o quê e como estudar. À livre escolha, eles também têm a opção de escolher eletivas como línguas estrangeiras, esportes e artes.
Todas as semanas os estudantes passarão por testes, mas eles também escolherão quando querem realizá-los. Rafael Parente explica: “o conteúdo começa a ser passado pelos professores na segunda-feira e seguem durante toda a semana. Na quinta-feira, na parte da tarde, todos devem ter respondido às seis perguntas, de três níveis de dificuldade, formuladas por um sistema inteligente chamado Máquina de Testes. No entanto, se na terça-feira o aluno já se sentir confiante para respondê-las, ele poderá requisitar os testes ao seu mentor”.
Caso o aluno não consiga atingir o resultado esperado, já na sexta-feira ele passa a ter atendimento especial sobre aquela dúvida específica, ou seja, uma espécie de reforço. “É a personalização do ensino para o estilo de cada aluno. Todos evoluem em ritmo diferente e, aqui, o estudante não reprova o ano, ele repete especificamente aquilo que não entendeu durante a semana”, afirma Parente.
Professor agora é mentor e multidisciplinar
A função tradicional do professor, aquela com quadro negro e giz, já está totalmente mudada na escola André Urani. Como ressalta André Couto, representante da ONG Tamboro, responsável por orientar os professores nessa nova metodologia de ensino, o momento é de um “processo de passo a passo”.
“É um processo de transição porque os professores, agora chamados mentores, foram formados numa matriz de ensino e agora atuarão de forma completamente diferente. Aqui eles deixam de ser professores de uma só disciplina. Uma vez mentor, significa que ele terá um olhar generalista e participará do itinerário formativo de cada aluno, independente da sua formação. Ao invés de explicar a matéria, o professor-mentor vai, junto com o aluno, resolver e buscar o conhecimento por meio de educopédias na web, aplicativos, livros interativos. Essencialmente, eles devem saber como estimular o processo de aprendizado do estudante”, explica André Couto.
Uma das novas professoras mentoras do colégio André Urani é Flávia Soares Martins. Formada em Ciências e 24 anos lecionando, Flávia se diz uma entusiasta do projeto.
“A educação tradicional está fora de moda. No meu tempo, se tivesse algo do tipo, ninguém iria querer matar aula, agora ficou interessante estudar. O interesse das crianças pelas máquinas é fascinante. Não podemos saber se todas as escolas chegarão a esse patamar, mas o que importa é que estamos lutando por melhorias na educação. Terão alguns erros, mas o que faremos é lapidar e aparar as arestas para melhorar cada vez mais esse projeto”, ressalta a mentora.
Cada professor-mentor fica responsável por 18 alunos, ou seja, três “famílias” de seis.
Oportunidade
Um dos alunos do colégio Eduardo Paiva da Silva, 11 anos, que estaria no 7º ano, comemora a mudança de escola. Ex-aluno da Escola Municipal Francisco de Paula Brito, ele diz estar “muito feliz” com a nova oportunidade em sua vida.
“É muito bom porque eu não tinha isso na minha última escola. Agora eu tenho a oportunidade de usar tecnologia. Isso vai melhorar meus estudos e vou aprender mais”, garante, entusiasmado, Eduardo.
Escola que nem parece escola
Quem visita o colégio André Urani certamente vai estranhar o ambiente que, na verdade, nem se parece com uma escola. Em lugar das diversas salas de aula, três salões com diversas mesas para seis pessoas dão conta dos 180 alunos do projeto. Já as paredes, extremamente coloridas, estão estampadas com fotos de alunos do colégio, para identificá-los à escola, e frases para estimular o futuro de personalidades como Charles Chaplin, Bob Marley e Oscar Niemeyer. Uma delas, do arquiteto Niemeyer, diz: “A gente tem que sonhar, senão as coisas não acontecem”.
Futuro
Ciente das constantes evoluções tecnológicas, o idealizador do Gente, Rafael Parente, afirma que o projeto “não é pronto e imutável”.
“Deve ser constantemente repensado e recriado, inclusive para acompanhar a rapidez com que surgem as novas tecnologias. A educação deve seguir a mesma velocidade das tecnologias para as escolas não ficarem para trás”, afirma Parente.
De acordo com o subsecretário de Novas Tecnologias Educacionais, o Gente pretende atingir, até 2014, além do André Urani, mais cinco escolas da rede municipal de ensino, 30 em 2015 e 125 em 2016.
*Do Programa de Estágio do Jornal do Brasil
Fonte : Jornal do Brasil
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
Brasileiros nascidos a partir de 90 são viciados em tecnologia, diz estudo
Estudo anual da Ericsson pesquisa comportamento do usuário e “ajuda a mapear os caminhos que a sociedade conectada vem trilhando no mundo”
Um estudo feito pela Ericsson mostra que os brasileiros nascidos a partir de 1990 são extremamente dependentes da tecnologia. Atualmente, 20% desta geração é usuária de smartphone e 41% utiliza banda larga móvel em algum dispositivo (celular, smartphone, tablet, notebook ou desktop).
O estudo anual, chamado “Infocom Brasil 2012”, do ConsumerLab, área da Ericsson, pesquisa o comportamento do usuário e “ajuda a mapear os caminhos que a sociedade conectada vem trilhando em todo o mundo”, de acordo com a empresa.
A pesquisa, realizada apenas com jovens brasileiros, possui dados interessantes: 9 em cada 10 possuem um aparelho celular, 70% têm um computador em casa e 61% já possuem banda larga em suas residências. Além disso, quase metade passa mais de três horas por dia conectado e somente 8% deles ainda não são usuários de internet. Eles não se desconectam nem mesmo assistindo televisão, já que acessam as redes sociais e interagem enquanto consomem conteúdo (48%).
Os jovens entrevistados usam SMS todos os dias para diversas finalidades (83%) e gostam tanto de teclar quanto de falar ao telefone (92%). A geração também participa ativamente das redes sociais: 89% deles fazem uso de pelo menos uma rede social e mais de 64% a acessam diariamente. A pesquisa também mostra que o público prefere conteúdo gratuito. A maioria (58%) faz download de músicas e filmes de graça, enquanto somente 37% paga pelo download de algum tipo de conteúdo. “Além disso, os jovens também valorizam o novo, não gostam de barreiras e não estão preocupados com estabilidade. São criativos, inteligentes, tolerantes, flexíveis e abertos. Gostam da gratificação instantânea e da novidade”, afirma a empresa.
Para eles, os produtos eletrônicos são apenas um meio para a experiência tecnológica, e sua principal preocupação é com a qualidade e validade do conteúdo. Preferem se comunicar por chat (62%) ou SMS diariamente do que via e-mail (56%), e, de acordo com a companhia, fazem parte de um grupo questionador, mas que sabe ouvir. “É a chamada geração do diálogo, que precisa receber feedback constante e que aprecia, também, expressar seu ponto de vista”, diz a Ericsson.
Fonte : IDG NOW
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Tablets e a lição das crianças da Etiópia
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
Em maio, evento em SP vai discutir Educação 3.0
20º Educador - Congresso Internacional de Educação.
10º Avaliar - Congresso Internacional sobre Avaliação na Educação.
9º Educador Management - Seminário Internacional de Gestão em Educação.
8º Infância&Cia - Congresso Internacional de Educação Infantil e Séries Iniciais.
3º Educatec - Fórum Virtual Educa de Tecnologia e Inovação em Educação
2ºProfitec - Congresso Internacional sobre Educação Profissional e Tecnológica.
Evento no Texas vai reunir inovações em educação
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
Do celular para as redes: conheça aplicativos para publicação de vídeos na web
É possível configurar o programa para que as gravações iniciem e parem sempre que você girar o aparelho para o modo paisagem. Capturada a cena, basta colocar um nome e, caso desejar, cortar trechos e inserir uma trilha sonora. Permite gravação em HD (720p).
"Todos perdem quando a pesquisa não é colocada em prática"
GÉRARD VERGNAUD O resultado de muita pesquisa com estudantes, que nos leva a compreender como eles constroem conhecimentos matemáticos. Ela é fundamental para ensinar a disciplina, pois permite prever formas mais eficientes de trabalhar os conteúdos. Na minha palestra, quero mostrar a relação entre essa teoria e a prática escolar.
É fácil fazer essa transposição para a sala de aula?
VERGNAUD Nem sempre. Mas, se não levamos os resultados das pesquisas para a sala de aula, perdemos muito. Na maioria dos campos da Ciência, existe a percepção de que, se alguém cria uma teoria, isso é bom. Em Educação, essa idéia infelizmente não é tão difundida. Muitos resistem às descobertas por acreditar que basta repetir o que é feito há séculos.
Como aumentar o interesse dos professores pelas pesquisas didáticas?
VERGNAUD É preciso entender que tudo é muito novo. Há 30 anos, ninguém estudava isso. Aos poucos, foram sendo feitos trabalhos para explicar como a criança aprende. Hoje, quando um pesquisador apresenta resultados que mudam conceitos amplamente difundidos, a primeira reação é de surpresa. Em seguida, alguns falam: "Ah, é interessante". Daí a mudar a prática de sala de aula, leva tempo. A Teoria dos Campos Conceituais está apenas começando a ser utilizada nos cursos de formação.
Mas os ganhos para quem usa esse conhecimento são enormes.
VERGNAUD Sem dúvida, porque o professor passa a compreender melhor o que faz em classe. No caso da Matemática, é muito claro que as crianças têm necessidade de assimilar aquilo que pedimos que elas façam. Por isso, temos de propor situações nas quais a soma faça sentido, a subtração faça sentido - e isso vale para a escolha dos dados, não só para as contas. E vale também para o professor. Se ele vê os alunos errar sem entender o percurso que estão trilhando, todo o trabalho se perde, não funciona.
Como o professor consegue sair do estágio de "entender a teoria" para "usá-la na prática"?
VERGNAUD Só com muita formação. Aqueles que usam bem a Teoria dos Campos Conceituais no dia-a-dia são os que voltaram a ela, testaram coisas com seus alunos, cometeram erros, recomeçaram. Só assim é possível dominar o assunto e se sentir seguro na prática.
"Se o professor vê os alunos errar sem entender o percurso que estão trilhando, o trabalho não funciona."
Como os professores podem interferir nesse processo?
VERGNAUD Jean Piaget disse que o conhecimento é uma adaptação a situações nas quais é necessário fazer algo. Por isso, se não confrontamos as crianças com situações nas quais elas precisem desenvolver conceitos, ferramentas, limites, elas não têm razão para aprender. Isso vale para a escola, mas também para a vida, para a experiência profissional. Em Matemática, por exemplo, insistimos na chamada resolução de problemas - propor situações que as crianças não sabem resolver para fazer evoluir em seus conhecimentos. Portanto, queremos desestabilizá-las. E se desestabilizarmos demais? Elas também não vão aprender. Portanto, gerenciar o aprendizado é gerenciar ao mesmo tempo a desestabilização e a estabilização. Portanto, temos de pensar mais e propor situações corriqueiras aos que estão aprendendo. Sempre fizemos isso, às vezes de forma intuitiva. O que minha teoria propõe é que precisamos pensar de forma mais sistemática. O grande desafio do professor é ampliar as dificuldades para as crianças, mas sabendo o que está fazendo e aonde quer chegar.
O senhor pode dar alguns exemplos de como as crianças constroem o conhecimento matemático?
VERGNAUD Aos 5 anos, as crianças já compreendem alguns aspectos da adição. O primeiro modelo que elas aprendem é a reunião de duas partes em um todo: três meninos, quatro meninas, quantas crianças no total? Só mais tarde, porém, elas vão conseguir entender, por exemplo, como saber quantas meninas há no grupo se o total é sete e o número de meninos é três. Na minha pesquisa, descobri que, em média, são dois Anos para passar do primeiro estágio para o segundo. Dois Anos! Outro exemplo é a transformação que tem relação com o tempo, não com o espaço. Eu tinha 4 reais no bolso, minha avó chegou e me deu mais 3 reais. Ou: eu tinha 9 reais e agora tenho 4. O que aconteceu? Parece fácil, mas para uma criança não é. Outro caso: tenho 5 reais a mais do que você. Eu tenho 12, quanto você tem? E ainda há as transformações sucessivas. Ganhei quatro bolas de gude e depois perdi seis. Mais quatro, menos seis. Ah, perdi duas. Não é tão óbvio aos 8 ou 9 Anos. Vamos complicar um pouco mais. Joguei duas rodadas de bola de gude. Sei que perdi seis na segunda e que, no total, ganhei 15. O que aconteceu na primeira partida? Até os 13, 14 Anos, muitos jovens não conseguem achar o resultado. "Não consigo resolver o problema porque não sei quantas eu tinha no início", eles dizem.
O que é possível fazer diante de situações desse tipo?
VERGNAUD O que descobri é que há seis tipos de problemas ligados à adição e subtração. E é óbvio que, se os números forem grandes, ou decimais, tudo fica ainda mais complicado. No caso de frações, nem se fala. Na sala de aula, o professor até pode propor atividades, mas, se não souber como os alunos avançam, passo a passo, eles talvez compreendam o jogo proposto, porém não vão saber calcular. Para um adulto, o exercício de subtrair as bolas de gude que ganhou, para saber quantas tinha no início do jogo, pode parecer simples. Mas, aos 7, 8 ou 9 anos, não é nada fácil compreender esse conceito matemático. Mesmo com números pequenos, as crianças costumam ter muitas dificuldades. Se o professor sabe disso e dispõe de uma boa variedade de exercícios para propor, ótimo. Se ele fica numa única atividade, a garotada que não entende a própria proposta do trabalho perde o interesse e nem se preocupa mais em acertar.
A Matemática é difícil de verdade? Por que tanta gente diz não gostar dessa disciplina?
VERGNAUD O problema é que a escola valoriza demais os símbolos e pouco a realidade. Os alunos não vêem utilidade naquilo e pensam: "Isso não me interessa. É abstrato e não serve para nada".
O senhor já esteve no Brasil uma dezena de vezes. É possível comparar a situação daqui com a da França?
VERGNAUD Alguns problemas são semelhantes, ainda que no Brasil o tamanho da rede seja muito maior. A repetência e o analfabetismo, por exemplo, afetam uma proporção muito maior da população. Quando você observa a reprovação na França, no entanto, cai nas mesmas dificuldades daqui: a Língua e a Matemática. O paradoxo é que as crianças aprendem a falar sem dificuldades, mas não aprendem a ler e escrever sem problemas. Isso ocorre porque a função da escrita não é óbvia para as crianças, sobretudo se as famílias não têm o hábito de ler. Se os pais lêem o jornal todo dia, isso faz uma diferença enorme. E aqui há um abismo entre a França, cuja população é muito mais letrada, e o Brasil, onde milhões de alunos chegam à escola sem as noções básicas da estrutura e do funcionamento da língua. Percebo também que muitos professores brasileiros são obrigados a dar aula em mais de uma escola. Na França, as crianças passam o dia todo em classe. Aqui, é um turno só. E há a questão da formação, que também é pior aqui. Não podemos esperar grandes sucessos com professores que são mal formados, trabalham muito e, além de tudo, não são bem pagos na rede pública.
"A questão é que a Educação é considerada custo, não investimento. São os homens que produzem coisas novas, não é o capital."
O que é necessário mudar na dinâmica das escolas atuais?
VERGNAUD Muitas coisas. A Educação é um universo muito complexo e é preciso enxergá-la como um grande sistema. Se o ministro comete erros na definição das políticas, se não existem objetivos claros e se não há recursos adequados para a formação inicial e continuada, é ridículo responsabilizar o educador individualmente. A responsabilidade pelo fracasso é do sistema. A questão principal é que a Educação das crianças e a formação dos adultos são consideradas custo, e não investimento. São os homens que produzem coisas novas, não é o capital. Só que ainda não sabemos calcular que retorno a formação dá sobre esse investimento.
Qual é o papel da formação docente nesse contexto?
VERGNAUD É primordial, ainda que seja necessário ter consciência de que não existem milagres, que ninguém vai conseguir eliminar todos os problemas de um dia para o outro. Mas, se podemos dar ao professor os meios de conhecer melhor seu trabalho, os limites de sua ação, os obstáculos que vão encontrar e as formas de controlar a evolução das turmas, é absurdo não fazer isso. Eu gosto de uma metáfora da aviação: se não tenho os instrumentos para pilotar, me falta algo essencial para atingir meus objetivos.
Esses instrumentos, no campo da Educação, são a didática?
VERGNAUD Sim, a didática é a chave do conhecimento escolar hoje. Mas é mais do que isso. Precisamos compreender que existe a didática da Matemática, a da Física, a da História etc. E, dentro da didática da Matemática, a das estruturas aditivas não é a mesma das estruturas multiplicativas. E assim por diante. É essencial tomar consciência dessas especificidades dentro da especificidade de cada disciplina, pois elas têm seu papel. O fato novo dos últimos 30 Anos é dizer: "Prestem atenção nas didáticas da Matemática. A da Educação Física não é igual para o vôlei e o tênis, ainda que exista uma relação entre esses dois esportes".
E se não fizermos isso?
VERGNAUD O preço a pagar será o fracasso escolar - ao menos para um grupo de estudantes. Alguns aprendem, mesmo se mal ensinados. Porém outros, mesmo se bem ensinados, fracassam quando o professor não domina a didática. Há quem considere isso um problema dos alunos. "Uns são inteligentes e se dão bem, outros não são e não conseguem." Mas o fato é que existe uma margem de manobra muito importante, um papel essencial a ser desempenhado, dentro da sala de aula, pelos professores. Esse avanço é lento, mas percebo que cada vez mais gente fala essa mesma língua.