quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Inclusão digital só tem trapalhadas

O governo Lula não alcançará as metas do Programa GESAC (Governo Eletrônico e Serviços ao Cidadão) que previa levar a banda larga, em duas fases, a um total de 107 mil escolas de primeiro e segundo graus. O projeto, a cargo do Ministério das Comunicações, iniciado em 2008, previa entregar em 2010 um total de 55 mil escolas conectadas e contratar sua ampliação para 107 mil escolas. Mas não alcançará nenhuma das metas.

A parceria firmada em 2008 previa que as concessionárias de telefonia levariam a banda larga às escolas, enquanto ao governo caberia treinar 80 mil professores, produzir conteúdos, adquirir e instalar os computadores para cada escola, manter os equipamentos, preparar as comunidades de cada cidade e fiscalizar todas as etapas do projeto.

As concessionárias de telefonia cumpriram sua parte, mas o governo, não. Mesmo assim, a ex-ministra Dilma Rousseff tem afirmado que o governo Lula já conectou 44.218 laboratórios das escolas à rede de internet.

A afirmativa é parcialmente verdadeira, pois, para que essas 44.218 escolas possam utilizar a internet de banda larga, ainda faltam computadores, conteúdos e professores treinados. Pior ainda: por falta de recursos, o governo federal cancelou na semana passada a segunda parte do projeto. Os responsáveis pelo projeto chegaram à conclusão de que, por erro de planejamento, não será possível conectar via satélite a maioria dos pontos de presença do GESAC. Além dos custos proibitivos para esse tipo de conexão, o Brasil precisaria dispor hoje de mais 13 ou 15 novos satélites de telecomunicações.

Diante desse cenário, o Ministério das Comunicações decidiu reduzir de 107 mil para 55 mil pontos de presença em sua nova proposta de licitação do aumento de capacidade de conexão do GESAC. Segundo o novo edital, que deveria ser posto em consulta pública nesta semana, 33 mil conexões à internet serão destinadas a escolas rurais públicas, que já dispõem de laboratórios de informática. As 12 mil restantes substituirão as atuais, que atendem telecentros, aldeias indígenas, pontos de cultura, telecentros da pesca e da Fundação Banco do Brasil, Casa Brasil, Fome Zero, Proinfo, entre outras comunidades.

fonte: ADnews

Minha Opinião
Fica quase impossível o governo federal cumprir a sua promessa por muitos fatores, pois trabalhar em parceria se torna complicado quando o seu parceiro só quer fazer a presença física.
Existem muitos erros no modelo de inclusão digital adotado pelo governo, desde a qualificação do docente até a falta de uniformidade e compromisso de alguns governos estaduais. Concordo com um professor de uma renomada instituição de ensino superior...certas coisas são erro de gestão, mas é preciso falar uma verdade, muitos projetos do governo federal não encontram reciprocidade nos seus parceiros, bem como o governo avalia mal o seu parceiro.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

UCA: professor tem que mudar

O programa "Um Computador por Aluno" não terá resultado se a mudança digital não começar pelos professores da rede pública de ensino.

A afirmação é de Léa Fagundes, professora e pesquisadora da UFRGS que coordena parte do programa em escolas gaúchas e falou nesta quarta-feira, 21, durante o workshop UCA – parte da programação do 11° Fórum Internacional do Software Livre.

Léa, que apresentou o projeto para uma platéia de 127 professores, coordena o projeto no estado entre as escolas que receberam o modelo XO, da organização One Laptop Per Child (OLPC). No Rio Grande do Sul, quatorze escolas já receberam os equipamentos.

O projeto do governo federal, que recebeu investimentos de US$ 82 milhões, já comprou 150 mil laptops (Classmate, XO ou Mobilis) para atender 300 escolas públicas de vários estados do Brasil

No entanto, não é bem recebido com entusiasmo por todos os docentes, conforme questionamentos levantados durante o workshop. Entre a preocupação dos professores participantes está o controle de sala de aula, o conteúdo a que os alunos terão acesso em um ambiente online e até mesmo a diminuição da interação em sala de aula.

A resposta de Léa? É preciso deixar de ser um professor de “alguma matéria” para tornar-se um educador que gerencia o espaço em aula de forma adequada aos novos tempos.

“O objetivo é o mesmo. Você tem que buscar desenvolver as habilidades e competências do aluno. Mas a aula não tem que ser somente linear. As crianças não pensam assim”, afirma a pesquisadora que diz não saber mais trabalhar sem o laptop tamanha a melhoria trazida para a sala de aula.

Professora de quarta série da Escola de Ensino Fundamental Luciana de Abreu, de Porto Alegre, Léa mantém os computadores disponíveis para os alunos durante todo o decorrer da aula.

“Os alunos trabalham por projetos. Escolhem um tema, levantam hipóteses pesquisam o aspecto que julgam mais interessante, apresentam e postam no site. É um trabalho interdisciplinar e muito rico”, afirma a pesquisadora contando que o computador não substitui as técnicas “antigas” como dinâmicas de grupo, experimentações com materiais, entre outros, mas vem ao encontro das mesmas.

Claro que nem tudo é perfeito e, além de eventuais problemas técnicos, os alunos tem alguns momentos de distração na internet que já acabaram até em sites pornográficos e redes sociais.

“Toda a movimentação do aluno fica registrada. Ele pode entrar em determinados sites durante seu tempo livre. Mas se é algo mais grave, chamamos para conversar e explicamos o porque de não entrar nestes espaços virtuais”, declara a professora.

Juntamente com Léa, estava um grupo de alunos de quinta série que vem usando o laptop desde que o programa, ainda em fase piloto, foi adotado.

Para os alunos, é difícil voltar ao velho esquema de cadernos e quadro negro. “Hoje temos editores de texto, então estranhamos quando algum professor substituto pede que usemos cadernos e canetas”, conta Gabriela, uma das alunas da quinta-série.


Márcia Lima - quarta-feira, 21/07/2010 - 17:11

Quem são os brasileiros que usam Linux?

Sensacional o texto abaixo postado por Leonardo Fontenelle em seu blog

Li recentemente a "Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação no Brasil 2009", publicada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, e descobri que o documento traz inclusive estatísticas de sistema operacional. Em resumo, 86% das famílias brasileiras têm o Windows instalado em seu computador principal; essa proporção é de 1% para o GNU/Linux, e desprezível para Mac e outros. 13% dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder à pergunta.

O relatório prossegue analisando a variação dessas proporções de acordo com o local (área urbana ou rural), a região do país, a renda familiar, e a classe social/econômica. Em quase todos os grupos, o uso de Linux continua em 1%. As exceções ficam para:

* Área rural: uso desprezível;
* Região Norte: 2% de participação;
* Renda familiar maior que R$ 4.650: 3% de participação;
* Renda familiar entre R$ 931 e R$ 1.395; e entre R$ 2.326 e R$ 4.650: uso desprezível.

Não houve variação por classe econômica.

A fatia da população brasileira que mais usa Linux parece ser a mesma que tem banda larga: os moradores da área urbana (quase não existe banda larga na área rural) e aqueles com renda familiar mensal acima de R$ 4.650. Já vai longe a época em que o modelo de negócios da Conectiva era vender seu sistema operacional numa caixa.

Imagino que trabalhar com tecnologia também ajude, mas isso não foi avaliado na pesquisa.

Já o programa Computador Para Todos parece ter tido um efeito modesto. As famílias com renda mensal menor que R$ 931 usam o sistema operacional mais que os do estrato imediatamente superior, mas ainda assim a proporção ficou em meros 1%.

O que mais me surpreendeu foi a região Norte. Colegas nortistas, será que as comunidades daí são mais ativas?

Outra informação que não entendi foi a proporção não variar de acordo com a classe econômica. Intuitivamente, as pessoas com maior renda estão numa classe econômica superior, mas isso não é verdade, ou ao menos não para os usuários de Linux.

O estudo do CGI.br usou o critério de classe social/econômica da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa. A ABEP também divide as classes econômicas pela renda (como o IBGE), mas disponibiliza uma ferramenta que permite estimar a renda. Essa ferramenta (o Critério de Classificação Econômica Brasil — CCEB) consiste num sistema de pontos atribuídos à posse de bens de consumo e ao grau de instrução do chefe da família.

É possível ganhar muito e ter poucos bens ou pouco estudo, e talvez esse seja o perfil dos usuários de Linux.

O estudo só considerou aquilo que todo o mundo entende por computador, ou seja, dispositivos embarcados ou celulares não contam. A metodologia não considerou os computadores que não o "principal", e não consegui encontrar na metodologia a definição operacional de o que seria um computador principal, ou como lidar com o dual boot.

Como já foi dito, em 13% dos domicílios o entrevistado não soube informar o sistema operacional. Essa proporção é ainda maior na região rural, nos domicílios com menor renda familiar, e nas classes D e E. Esses números são uma ordem de grandeza superiores à fatia que usa Linux, causando imprecisão na estimativa.

Reparem que o 1% de usuários Linux é a proporção dentre todos os entrevistados, e não apenas entre os que souberam responder à pergunta. Dessa forma, o número real de domicílios brasileiros com Linux é qualquer coisa entre 1% e 14%.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Depois de 37 anos, o Nipon fechará suas portas neste domingo

Do outro lado da linha, atende uma mulher de voz baixa, distante. A ligação parecia ruim. Mas ela se permitiu falar mais alto. Diante da primeira pergunta, apenas para que ela entendesse o sentido daquela conversa tão fora de hora e da possibilidade de uma entrevista mais tarde, responde: “Não, a história do restaurante não sou eu. São os funcionários, os clientes, que hoje nem são mais clientes. Viraram amigos, a extensão da minha família”. Ela aceitou, então, falar disso às 17h.

E lá, naquele lugar onde uma história foi escrita, àquela hora ainda vazio, a mulher de voz miudinha nos atende. É magra, muito magrinha, os cabelos bem grisalhos e a voz quase inaudível. Ela olha com atenção. Parece mirar o interlocutor. Nos convida para sentar. Pergunta se pode chamar a mãe, que estava lá na cozinha. Chega uma mulher de 83 anos, cabelos pretinhos e um sorriso tão encantador que alguma coisa começou a fazer sentido naquele momento. Era ali mesmo. O endereço estava certo. Michiko Komeno continua sorrindo. É deslumbrante.

Foi naquela 413 Sul, no Restaurante Nipon, que Yoshiko Komeno, de 53 anos, a mulher de voz miúda, que nasceu lá pelas bandas do Pará — depois que os pais enfrentaram 39 dias num navio do Japão pra cá, em 1940 —, escreveu sua melhor história.

E essa história terá seu capítulo final. Na carta que fez aos clientes-amigos-família, ela diz, emocionada: “É certo que não podemos voltar no tempo para iniciar um novo começo. Mas, diz o sábio, é possível, no presente, reescrevermos um novo final”. E, antes de terminar a carta-despedida, ela antevê: “Mas uma coisa é certa: qualquer que seja o final, ela (a história) será rica em emoções, alegria, amizades e saudades”.

É isso. É um adeus. E todo adeus vem carregado de sentimento. Pode doer, pode rachar. Pode destruir. Mas pode ser libertador. E fazer renascer. Aviso de novos tempos. “No meu caso, ainda bem que o término não foi litigioso, pelo contrário. Será cheio de saudade, com a sensação de ter feito o melhor, missão cumprida”, diz Yoshiko, pela primeira vez se permitindo uma pontinha de sorriso.

Depois de 37 anos, o Nipon, o primeiro restaurante japonês de Brasília, fechará suas portas. Yoshiko, que nunca se casou, define bem a relação que teve com aquele lugar de balcão de fórmica vermelha e cortina feita da sementes de conta de lágrimas: “Ele foi o meu marido”.

E foi esse marido que Yoshiko dividiu com a cidade que a acolheu aos três anos de idade, quando seus pais, japoneses sem falar nada de português, deixaram o Pará para se tornarem trabalhadores rurais nos arredores da terra de JK. Yoshiko ainda nem falava direito. Muito menos a língua de Camões.

Inauguração
A vida seguiu. Yoshiko virou menina-moça. Luziânia tornou-se sua cidade. A nissei virara goiana. Em dezembro de 1973, a irmã mais velha de Yoshiko, Miyoshi Kagoiki, e o marido, Mário Kagoiki, abriram o primeiro restaurante de culinária portuguesa em Brasília. Escolheram a 413 Sul. A capital ainda era adolescente. Ideia simples, cardápio sem invencionices, mas que se adaptasse ao gosto brasileiro.

Yoshiko, durante quase 40 anos, manteve a tradição japonesa, sem traços de ocidentalização - ()
Yoshiko, durante quase 40 anos, manteve a tradição japonesa, sem traços de ocidentalização
A população, em princípio, sem muito costume com yakitori, hamuraki, tepanyaki, sukiyari, sushi e sashimi, foi chegando de mansinho. E, de mansinho, foi gostando. Gostou tanto, que o lugar ficou pequeno. O Nipon se tornou ponto de encontro dos amantes da comida japonesa e de quem ali se iniciou. Mais que isso. Virou referência, lugar de reunião de família e dos amigos.

Yoshiko contava 16 anos e passou a ajudar no restaurante. Fez de tudo um pouco. E percebeu, desde muito novinha, que gente, na verdade, é o melhor tempero de um restaurante. E de qualquer lugar. Em 1976, Yoshiko entra para o curso de economia, na UnB. Nem assim deixou o trabalho no Nipon.

Tempos depois, ela abandonou o curso. “Não tinha nada a ver comigo. Não gostava daqueles cálculos. Devia ter escolhido algum curso da área de humanas”, explica. Seguiu apenas com o Nipon. Apaixonou-se, de vez, pelo cheiro, pelo encantamento do lugar. Doze anos depois, em 1985, o cunhado e a irmã de Yoshiko resolveram abrir outro restaurante, na 403 Sul. “Eles iam vender, mas eu pedi pra ficar. Foi o maior desafio da minha vida”, ela diz.

O Nipon prosseguiu, da mesma forma que foi concebido pelo cunhado. A mesma comida e abrindo apenas para o jantar. Exceto aos domingos, quando oferece almoço. Yoshiko virou a dona. E uma história inteira se avolumou ao longo desses 37 anos. Vieram o pai, o filho, e agora vem o filho do filho.

Namoros começaram ali. Pedidos de casamento. Planos de filhos nasceram ali. “O restaurante não é chique, mas cuida da família, faz com amor”, diz a sorridente Michiko Komeno, mãe de Yoshiko, num português ainda tímido, mesmo depois de 60 anos de Brasil. E pergunta ao interlocutor: “Você já comeu? Não gosta? Tem que experimentar, non!”. Michiko é seu sorriso são demais...


Há três meses, Yoshiko tomou uma decisão que surpreendeu a família, os funcionários e, principalmente, os clientes, que experimentaram a sensação da orfandade. Domingo próximo, 15, será o último dia em que o Nipon abrirá as portas. Mas, como se fecha um restaurante que sempre está cheio, manteve a qualidade da comida, não passa por dificuldades financeiras e tornou-se tradição na capital?

No fim da tarde de terça-feira, Yoshiko recebeu o Correio para uma entrevista exclusiva. Timidamente, ela conta por que fechará o Nipon: “Vou fechar porque estou cansada. Quero ficar mais em Luziânia, onde moro. Meu pai morreu há 12 anos. Minha mãe não pode ficar sozinha lá e vir pra cá hoje é mais complicado pra ela”.

Quando decidiu que iria fechar o Nipon, Yoshiko escreveu uma carta explicando os motivos que a levaram a tal decisão. E pediu que seus amigos escrevessem, se quisessem, alguma mensagem. Os dois cadernos de capa laranja estão lotados. Ricardo Montalvão escreveu: “Se me perguntarem qual restaurante tem a ver com minha história e com minha vida, a resposta é Nipon. Frequento desde os meus 16 anos. Como a melhor comida japonesa no mais mágico dos restaurantes há mais ou menos 30 anos”.

O menino Gabriel sapecou: “Pra mim, o sukiaki daqui deve ser a próxima maravilha do mundo”. A irmã dele, Luzia, uma menina de letra bordada, deixou escrito: “Aqui, eu fiz amizade com os garçons e descobri que Brasília tem um pedaço do Japão no Brasil”. Emocionada, Yoshiko se espanta: “Não sabia que o Nipon representava tanta coisa na vida das pessoas”.

Grande família
Os funcionários de toda a vida chegam para mais uma noite. Passava das 18h. Logo a casa abriria as portas. A mineira Ilma de Jesus Mendes, 58 anos, trabalha há 31 no lugar. “Se eu for contar pra você esse tempo todo, essa história não tem fim”. E lembra: “Vim pra lavar pratos e ficar três meses. Tô há 31 anos. Aprendi fazendo”.

O brasiliense Lindomar Pereira chegou ali com 19 anos. Tem 44 de vida. “Não sabia nada de cozinha japonesa. Olhei três dias e no quarto encarei sozinho. Cada dia é um aprendizado”.

Passa das 19h. Os amigos-clientes começam a chegar. Logo as 19 mesas estão todas tomadas. E o espaço é aconchegante. A luz, nem muita nem pouca. A música instrumental japonesa, ainda em fita cassete, toca num aparelho de som colocado em cima do balcão de fórmica vermelha. Yoshiko não para. Abraça mais um que acaba de chegar. Corre na cozinha pra conferir um detalhe, sobe, desce. E pensa que viveu ali por 37 anos.

Há duas décadas, o publicitário José Noguchi, 59 anos, e a mulher, a contadora Ilvânia Tavares, 52, frequentam a casa de Yoshiko. Ali, fizeram uma rede de amigos. E sabem exatamente o segredo do sucesso do Nipon: “Ele resistiu porque não ocidentalizou a comida, como fizeram os outros”. Ilvânia emenda: “Não tem em nenhum outro lugar aqui em Brasília”.

Yoshiko ouve e se emociona. Ilma, a sempre cozinheira, chora. Domingo se aproxima. O último dia. Yoshiko conta uma novidade: abrirá outro Nipon, em Luziânia, ainda este ano. “Será a mesma comida, os mesmos móveis, a mesma decoração e os mesmos funcionários. Penso em abrir de quinta a domingo”. Seus amigos-clientes ficarão menos órfãos. “Alguns já me disseram que vão atrás de mim”, conta, baixinho.

Hora da foto de família. O fotógrafo pede que se faça na porta. Juntam-se mãe, sobrinhos (Yoshiko não teve filhos), o marido da sobrinha e a filha da sobrinha, uma coisinha linda, com cara de anjo — a quarta geração Komeno. Com a voz quase sumindo, Yoshiko pergunta: “Eu posso chamar a Ilma (cozinheira)? Ela também é minha família”. E lá se foi Ilma, carregando Anna Sayuri, o anjinho de olho puxado e nove meses de vida.

Naquele instante, a mulher que fez de um restaurante a história dela e de uma cidade se deixou revelar por inteira. Ela nem precisa mais sorrir na foto. Seu Nipon só deu certo porque Yoshiko, antes de sua comida impecável, fez de gente seu cartão de visita.

Minha visão
Este lugar foi um canto especial em minha vida...que jamais vou esquecer...fica a sensação de ficar sem rumo nesta cidade onde portas se abrem e fecham todos os dias...A missão deles foi mais que cumprida, ali comemorei aniversários..pedi em casamento a Agatha, e lá foi o nosso ultimo jantar juntos. Fica a saudade não só da comida mas da casa e das pessoas.Juro que vou a Luziania para viver esta nova era.

fonte: Correio Brazileinse

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Desabafo de um pai

Me casei a nove anos e a oito sou um feliz pai de um anjo na face da terra, infelizmente ocorreu a separação entre eu e a mãe da Giovanna, mas não entre o pai e a filha...neste anos que se sequiram, tenho feito muito para estar ao lado dela com amor e esperança.
A dois anos, me lancei em uma relação onde encontrei uma pessoa boa de coração e justa de alma, Minha filha tinha por ela a adoração de uma mãe e o respeito de uma amiga...em muitas coisas ela passou a ser uma referência para a Gigi. Logo estávamos juntos, sonhando juntos e havia a esperança de um dia morarmos todos juntos.
Porém no início do ano este relacionamento acabou; por motivos justos , porém por vias erradas. Hoje afirmo que ficou na minha alma uma ferida que muito me incomoda...todos os dias uma frase me atormenta, pois foi dita por uma pessoa que para mim era exemplar e por quem eu nutria um enorme respeito. “Fulano que dá um bom pai e não ele.” Esta frase foi uma bomba na minha crença que eu era um pai exemplar, pois eu não entedia os critérios que foram usados para me julgar daquela forma e se foi feito desta forma é porque existiam informações vindas da pessoa que eu convivia, e confiava, e que naquele momento se limitou a pedir silêncio como se concordasse com a frase.
Deste dia em diante passei a me perguntar o que realmente sou...ser pai separado é difícil...você não é bem visto por muitas pessoas, trazer a as amigas da sua filha para visitar a casa do pai é complicado, ir ao cinema levando as colegas é impossível e em muitos momentos a sua serventia está no pagamento de pensão alimentícia...ser pai separado demanda muito esforço e dedicação, sendo assim o acontecido acendeu uma luz de alerta dentro de mim.
Já se passaram cinco meses do fato...e não tem um dia que eu não sinta vergonha de mim, que eu não chore por me achar um fracasso e tente encontrar uma razão maior por viver. A razão certamente está em mim, naquilo que sou e faço e na responsabilidade que tenho perante o mundo, mas peço desculpas a minha filha por muitas coisas entre elas:
• Por não estar presente todos os dias,
• Por não cuidar dela melhor
• Por fazer que ela viva dividida em dois lares e
Peço desculpas para aqueles que não me acham um bom Pai e a aqueles a quem eu possa ter enganado, frustado ou decepcionado , me esforço para que isto seja corregido sabendo que de boas intenções o mundo está cheio, mas sei que Deus me ajudará a ter dignidade suficiente para estar junto com a minha filha na caminhada linda que será a sua vida.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Sistema Operacional Metasys

O Metasys Classmate é um sistema operacional baseado em Linux Metasys, especialmente criado para dar suporte à arquitetura de hardware dos Classmate PC. O Classmate PC é um computador portátil, idealizado pela Intel®.

O sistema operacional Metasys Classmate já vem instalado com inúmeros softwares e ferramentas como pacotes de Escritório, recursos de multimídia. Possui interface gráfica com visual moderno e agradável, permitindo rápido acesso aos principais recursos do sistema.


Principais Aplicativos

* Navegador de Internet
* Suíte de escritório: editor de texto, planilha eletrônica e editor de apresentações.
* E-mail e organizador pessoal
* Software de mensagem instantânea
* Software de comunicação de voz pela Internet
* Editor de foto e imagem
* Software de suporte para webcam
* Software de edição de imagem
* Software para criação de gráficos e mapas
* Editor de fluxograma e diagramas
* Software de edição de áudio
* Software de gravação de CD e DVD
* Leitor de multimídia para arquivos, CDs e DVDs
* Gerenciador de downloads
* Utilitários e acessórios: calculadora, alarme, editor de texto, notas
* Software de colaboração para interação do professor e alunos
* Software de sincronização de arquivos
* Utilitário de backup
* Software de controle antifurto
* Aplicativo de conteúdo educacional
* Jogos educacionais
* Links selecionados para os melhores serviços da Internet
* E muito mais ....

Informações Adicionais
Interface
Interface gráfica, intuitiva e fácil de usar.

Conectividade
Acesso à Internet, via rede Wi-Fi sem fio, conexões de rede local ou banda larga cabeada.

Software Educacional
Metasys Classmate possui uma série de aplicativos e jogos com os quais o aluno pode aprender enquanto joga, além disso, possui links para uma variedade de segmentos pedagógicos que ajudam no processo educativo.

Links de Provedores de Conteúdo
Para dar suporte ao processo educativo, Metasys Classmate apresenta links para as bibliotecas digitais, dicionários e enciclopédias online, pesquisas e portais educacionais.

Suíte de Escritório
O usuário do Classmate PC tem à sua disposição um conjunto de software usados para criar documentos tais como texto, planilha eletrônica e apresentações.

Recursos Multimídia
O Metasys Classmate possui aplicativos que contêm uma infinidade de recursos multimídia. Com eles, o usuário pode ouvir música, assistir a vídeos e filmes, ouvir estações de rádio online, gerenciar o iPod ou MP3 player e muitas outras funcionalidades.

Rede Mesh
O Metasys Classmate estimula a criatividade pois provê aplicativos de multimídia que permitem ao estudante criar arte digital, compor música e tirar fotos que podem ser compartilhadas entre si, via rede mesh sem fio. Metasys Classmate permite conexão entre os alunos onde não existe infraestrutura de rede sem fio, permitindo que os notebooks conectem-se, usando os recursos uns dos outros e criem uma rede entre eles.

Colaboração
Programas de mensagens instantâneas estão tornando-se altamente populares, e cada vez com mais recursos. Utilizando o Classmate PC um estudante pode interagir e colaborar com seus colegas de grupo de trabalho.

Interação em Sala de Aula
O Metasys Classmate vem com o v-Class Student instalado, uma aplicação de gerenciamento de sala de aula, que permite que um aluno interaja com o professor e seus colegas. Alunos recebem comandos do computador do professor e podem também enviar comandos ao computador do professor.

Controle dos Pais
O Metasys Classmate vem com o PolicyControl, um software que permite a criação de políticas para configurar permissões e restrições de acesso a sites na internet ou aplicativos. Pode ser também utilizado para armazenar informações e ações do computador, tais como: sites acessados, arquivos, aplicações e outros acessos.

Controle Antifurto
Cada vez que o computador é iniciado, é feita a verificação do certificado antifurto do Classmate PC. O usuário do Classmate PC tem que ter um certificado válido que o autoriza a usá-lo. O software verifica a autorização e determina por quanto tempo o Classmate poderá ser usado. O objetivo deste recurso é reduzir o risco de furto do Classmate PC.

Recursos Especiais do Hardware
O Metasys Classmate suporta a arquitetura de hardware do Classmate PC da Intel®, incluindo a câmera web embutida, USB e PATA flash, caneta digital, entre outros.

Sincronização de Arquivos
O Metasys Classmate permite a sincronização de arquivos selecionados com o servidor da escola, usando o Metasys Sync.

Atualização de Software
Toda vez que o sistema operacional do Metasys Classmate inicia, uma verificação de atualização é pesquisada e automaticamente executada. Se houver alguma atualização disponível, para algum software, é apresentada uma mensagem, permitindo ao usuário decidir pela sua atualização ou não, naquele momento.

Usando o Classmate