segunda-feira, 31 de maio de 2010

'Cidade Digital' tem dificuldade para acessar internet

Após se tornar uma das primeiras cidades do Brasil a oferecer, nas escolas municipais, um computador por aluno, e de implementar acesso gratuito à internet em locais públicos, Piraí, no Rio de Janeiro, ganhou o apelido de "Cidade Digital". Mas o local ainda sofre com a escassez de acesso via banda larga, principalmente nas residências, e enfrenta problemas comuns a boa parte das cidades do interior do País.

Uma recente pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) coloca a cidade de 26 mil habitantes entre as nove consideradas “desconectadas” do estado do Rio de Janeiro. A razão é exatamente essa: não ter uma ampla oferta de web banda larga para usuários residenciais.

Mesmo os projetos referendados pelo poder público têm problemas. Desfrutar do Piraí Digital, que oferece acesso em quatro telecentros, oito quiosques e sete computadores espalhados por locais públicos, nem sempre é possível. O funcionamento se restringe aos dias de semana, entre 8h e 17h. Isso quando os usuários não encontram os quiosques fechados em horários em que deveriam estar abertos, ou equipamentos quebrados.

Foi o caso dos dois quiosques instalados na rodoviária da cidade, que estavam desligados no momento da visita do G1. Segundo moradores, os equipamentos estavam “com defeito” há mais de uma semana, gerando muita reclamação de quem passava pelo local e gostaria de acessar a internet. “Sempre que passo aqui está quebrado. É muito triste”, lamentou o morador Tiago Alexandrino Ribeiro.

Segundo a Secretaria de Planejamento do município, são gastos mensalmente R$ 75 mil para manutenção dos equipamentos dos quiosques e telecentros. “No início, o projeto Piraí Digital foi desenvolvido com a ideia de que fosse disponibilizada internet para toda a população nas residências”, explica o prefeito de Piraí, Arthur Henrique Gonçalves Ferreira.

“Buscamos via Anatel a licença para comercializar a internet a um custo baixo para que pudesse dar sustentabilidade ao projeto, mas a regulamentação não permite. E oferecer gratuitamente torna-se inviável para o município”, afirma.

De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), através do ato 66.198, de 27/07/2007, “fica dispensado às prefeituras a outorga de uso de radiofrequência para prestar Serviço de Comunicação Multimídia (banda larga à população), necessitando apenas de uma licença de SCM”.

Ainda segundo a agência reguladora, “a vedação para as prefeituras prestarem banda larga comercialmente está na Lei Geral de Telecomunicações (feita antes mesmo da criação da Anatel), que faculta a exploração de serviços de telecomunicações às empresas”.

Com isso, as prefeituras não podem oferecer banda larga comercialmente, de forma direta, sendo preciso criar uma empresa específica para tal – como no caso, em maior escala, do governo federal, que reativou a Telebrás para gerir o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).

Assim, o projeto teve de ser alterado. “Mudamos e nossa estratégia passou a ser disponibilizar internet para a população através de quiosques, telecentros, hotspots”, conta o secretário de Planejamento, Fábio Marcelo de Souza e Silva. “Os hotspots ficam limitados aos locais públicos, como bibliotecas, praças, ligados na nossa rede. Trabalhamos com limitação de banda para poder servir todo mundo”, completa.

Ainda de acordo com Souza e Silva, a limitação é necessária para garantir a qualidade do serviço. “Embora nós tenhamos estrutura para liberar o sinal para toda residência do município, decidimos limitar ao máximo esse raio nas áreas de cobertura próximas a logradouros públicos para não comprometer o projeto”, afirma.

Para o secretário, o número de usuários com internet residencial é ainda menor do que os 20% estimados pelo prefeito. Segundo ele, Piraí conta com dois provedores que somam cerca de 800 clientes. Isso significa cerca de 3% do total de pouco mais de 26 mil habitantes do município, localizado a 89 km do Rio de Janeiro..

Já o Ipea afirma que o número de usuários residenciais de banda larga no município fluminense não passa de 0,5% da população – taxa que inclui Piraí na lista dos “desconectados” do interior do Rio.

Internet em casa
Charles Abreu, de 25 anos, não tem internet em casa. Mas tem a facilidade de acesso à web no trabalho. Ele é atendente da única lan house privada de Piraí, que funciona de segunda a sábado, das 9h às 22h, e cobra R$ 1 por hora. Segundo Charles, o público jovem é maioria no local - a maioria em busca de jogos, proibidos nos telecentros e quiosques públicos.

"Os jogos estão na moda, né? Os adolescentes adoram. Então eles passam muitas horas aqui", contou ao G1, ressaltando que todos os menores que frequentam o local são cadastrados e autorizados por pais ou responsáveis.

"Acho que falta muito ainda para [Piraí] se tornar uma cidade digital. Falta ampliar mais o acesso das pessoas, do público em geral mesmo. Porque só as lan houses não suportam o público. Tem que liberar esse acesso também para facilitar o acesso de computadores, para que as pessoas possam comprar computadores e ter nas suas residências. [Isso] vai facilitar a vida de todo mundo", avaliou Charles, que estima receber entre 50 e 100 pessoas diariamente na lan house.

A solução para a ampliação deste serviço pode estar no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), do governo federal. Piraí será uma das 100 primeiras cidades contempladas pelo projeto que pretende fornecer internet rápida à população por mensalidades que variam entre R$ 15 e R$ 35. O município será um dos três beneficiados no estado, além de Rio das Flores e Rio de Janeiro.

Enquanto isso, os piraienses conseguem ter acesso à web nos pontos públicos da cidade – que são abastecidos por 10 hotspots. Com link de 6 Mbps distribuído por 110 prédios públicos, a cidade já atingiu seu limite de banda. Tanto que a Secretaria de Planejamento já estuda a ampliação para 20 Mbps ainda neste primeiro semestre.

Internet paga é lenta e cara
Para quem está disposto a pagar por acesso residencial, a velocidade de conexão “banda larga” ofertada na cidade fica entre 100 Kbps e 600 Kbps, com mensalidades a partir de R$ 60. Por cerca de R$ 10 a mais, um morador da capital do Rio de Janeiro, por exemplo, consegue assinar um plano de banda larga com conexão de 1 Mpbs, quase o dobro da conexão mais rápida disponível em Piraí.

As distorções ainda são grandes, o valor é alto e geralmente a qualidade e velocidade do serviço oferecido nem sempre equivalem ao que foi contratado junto aos provedores. “Tinha internet de 128 Kbps, mas em dias bons chegava a mais ou menos 80 Kbps. Troquei para uma velocidade de 300 Kbps, que é um pouquinho melhor, mas pago R$ 85”, disse o morador Fernando da Silva. Por um pouco menos do que o valor pago por ele, um cliente contrata um serviço com velocidade de conexão de 2 Mbps na capital.

O estudante de Química Tiago Alexandrino Ribeiro é outro morador que nem pensa em ficar desconectado dentro de casa. “Já usei muito os telecentros e quiosques. Mas em casa eu tenho internet via rádio. Pago em torno de R$ 50 por uma conexão de cerca de 150 Kbps”, contou o jovem, que é usuário do Twitter e participa da comunidade dedicada a Piraí no Orkut.

"Eu acho que poderia ser melhor o acesso, mas aqui ainda não tem um provedor que ofereça uma internet melhor para a cidade. Por enquanto, é só esse mesmo. E não tenho para onde correr", reclamou Tiago.

Para muitos, a velocidade é ainda mais lenta. É o caso do estudante de Letras Luiz Carlos de Oliveira, 21. “Em casa eu tenho internet discada, mas é bem ruinzinha”, lamentou.

'Um Computador por Aluno'
Os estudantes da rede municipal de ensino de Piraí fazem parte do projeto “Um Computador por Aluno” (UCA). Pioneira entre as cidades do interior – já que é a única não capital a ser incluída no piloto, juntamente com São Paulo, Porto Alegre, Palmas e Distrito Federal, Piraí ainda está iniciando o processo.

No UCA, como o nome já revela, cada estudante tem o seu próprio laptop – que é utilizado em sala de aula, como ferramenta de auxílio no projeto pedagógico. Ao todo são 6.200 laptops especialmente adaptados e abastecidos com ferramentas educacionais. Além disso, cada um dos 500 professores da rede municipal de ensino também conta com seu próprio computador.

"Foi ótimo [receber o laptop], porque facilita bastante nosso trabalho, pela praticidade. É mais uma ferramenta que veio contribuir muito para o nosso ensino em Piraí", disse Milene Vieira de Carvalho, professora do Ensino Fundamental da rede municipal de ensino, acrescentando que todos os professores tiveram treinamento antes da chegada dos computadores.

Para a professora, o UCA transformou por completo a rotina de educadores e estudantes. "Houve uma mudança muito acentuada no próprio comportamento dos alunos. Eles estão mais atentos, mais concentrados, mais interessados. Tudo o que é novo gera curiosidade. E percebemos que muda até mesmo a maneira do aluno se expressar. É uma mudança global, radical", contou ao G1.

Antes, porém, alguns educadores estranharam a novidade. "No início, eu fiquei muito insegura. Até porque era novo o recurso. Mas as próprias crianças queriam usar e eu fui me adaptando", disse a professora Simone Guimarães. "E você vê que eles já têm intimidade com a máquina".

"Facilitou muito. Antes a gente olhava nos livros, e agora usa internet para poder pesquisar", disse Alessandro Novaes da Silva, de 11 anos, aluno do 8º ano da Escola Municipalizada Lúcio de Mendonça, no Centro de Piraí.

O G1 visitou a cidade de Piraí e conferiu a fase inicial do projeto UCA. No momento, ainda faltam armários adequados para armazenar e carregar os laptops, por exemplo. Com uma hora de carregamento, os laptops podem ser usados por duas horas, o período exato de uma aula.

Por enquanto, apenas os educadores podem levar os equipamentos para casa ao fim do trabalho. Os alunos, ao final de cada dia de aula, têm que devolver os computadores, que ficam guardados na própria escola.

Mas mesmo assim, muitos professores e estudantes ainda não têm acesso à web em casa. Algumas famílias, nem mesmo têm computador.

"Não tenho computador em casa, só pela escola mesmo. Quando preciso fora daqui, uso os quiosques e os telecentros", contou Thaiza Alves Valle, 13, colega de turma de Alessandro.

Thaisa foi selecionada - junto com alguns colegas de turma - para um curso de extensão de informática, promovido na cidade pelo Cederj em parceria com a companhia de tecnologia Cisco, no qual aprende a montar e fazer manutenção de PCs, além de receber treinamento para ser monitora de novos alunos no futuro. "Adoro informática", disse a menina, que através do UCA teve a oportunidade de descobrir seu talento.

Mas ao pensar em sua saída da escola, quando chegar ao Ensino Médio, a menina tem uma preocupação: o computador, ou melhor, a falta dele. "Quando eu sair, eu já venho falando: 'ô, mãe, a escola deu, mas eu quero o meu'. Eu pretendo eu mesma ter mais para frente porque a escola está dando uma oportunidade para nós aprendermos a tecnologia. Porque eu confesso, antes eu não sabia mexer".


Fonte: GazetaWEB

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sexta-feira, 28 de maio de 2010

Um desabafo

Desde outubro de 2006 eu vivo o Projeto UCA, Um computador por aluno, fui aos poucos me intrometendo, primeiramente como técnico do Núcleo de Tecnologia Educacional, depois como multiplicador e agora como professor lotado na Vila Planalto, um dos pólos iniciais. Vivi praticamente todas as incertezas deste projeto em relação a esta escola; do equipamento limitado, da experiência da internet, da ausência de apoio (das IES e do governo local), mas também vivi o heroísmo e desprendimento de alguns professores, da solidariedade de pessoas comprometidas com a educação e da determinação dos alunos (estes alimentados pelo sonho de uma vida melhor).

Hoje, maio de 2010, retornei a escola em um momento decisivo deste projeto, ou vai ou racha, já não são só mais cinco, várias outras escolas se somaram a este projeto e alguns pontos precisam de um melhor desenvolvimento.

1. Melhor integração entre governo, IES e escola,
2. Humanização do uso da tecnologia
3. Efetivar a participação da comunidade
4. Fortalecer o planejamento pedagógico dentro da escola

Só posso colocar aqui, o que realmente vejo nesta escola e sei que muitas outras escolas podem passar pelos mesmos problemas que aqui sofremos, pois, estamos sujeitos a uma fogueira de vaidades que envolvem governo , estudiosos , administradores e até eu. Uns se acham melhores que outros, outros estão com medo, outros se justificam, alguns distorcem e fogem das sua responsabilidades, e muitos tem um pouco de tudo isto.

Dizem que é nos momentos de crises que reavaliamos a nossa caminhada e hoje acho que posso afirmar que a minha caminhada foi reavaliada, afinal sou um ser humano, meu grande erro foi o de esquecer que educação tem um objetivo, ela está no aluno, naquilo que ele sonha e deseja para a sua vida, e sendo assim voltei para esta escola para me redimir dos meus erros.

Lamento muito que neste mundo cheio de boas idéias, poucos percebam que a inclusão digital é um trabalho de reconstrução do ambiente escolar, pois eliminamos a paredes da sala de aula, e podemos viver a globalização como um todo onde podemos dar ao professor uma ferramenta de imaginação e produção, podemos nós comunicar melhor, enfim posso expandir os meus horizontes.

Peço desculpa se sou prolixo, já fui definido assim, por gente que chama este projeto de lixo, mas aqui e agora gostaria de afirmar que acredito na escola, nos seus professores (os que aqui estiveram ,os que estão, e os que virão) e nos seus alunos, pois só os que têm vontade de aprender e que podem ajudar na educação.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Soluções tecnológicas miram escolas públicas

Com um estilete, Keila de Barros Barbosa, pedagoga e especialista em desenvolvimento de tecnologias educacionais, risca a superfície de uma lousa digital. “Como o material é de aço, não há nada que estrague a lousa. O aluno pode sujar, riscar, furar, molhar, que não conseguirá estragar o material”, demonstra a expositora durante a feira Interdidática, de sistemas e soluções em tecnologia educacional, que acontece em São Paulo entre os dias 28 e 30 de abril.

Por meio de um sensor de laser, posicionado no canto superior, e uma caneta especial, é possível interagir com a lousa. O professor escreve (digitalmente e ou com caneta para quadro branco), exibe vídeos, destaca trechos de textos e imagens e “salva” a aula se quiser. “Esta lousa não tem a tecnologia touch screen. Você não consegue mexer nela com as mãos, apenas usando a caneta. Em compensação, se acaba a luz, é possível usá-la como um quadro branco comum”, explica Keila.
No começo deste ano, a empresa Sapienti, comercializadora da lousa de aço, deu início a um projeto com a Secretaria Municipal de Educação do Guarujá que prevê a instalação de 332 lousas multimídias nas instituições da rede. “Todas as escolas de 5º ao 9º ano têm pelo menos uma sala multimídia equipada com o quadro interativo. Atingiremos a meta em 24 meses e, se entendermos que é necessário expandir mais, expandiremos”, diz Priscila Bonini, secretária de Educação do Guarujá.

O quadro digital está avaliado em R$ 5.800 e a montagem de uma sala multimídia pode chegar ao custo de R$ 23 mil, contando todos os equipamentos – projetor, caixas de som, computador –, instalação e a capacitação dos professores. O Guarujá investiu R$ 1,8 milhões na instalação completa dos equipamentos.

Tamanho investimento carece de proteção contra danos e furtos. Priscila esclarece que a preocupação com a segurança do patrimônio adquirido partiu da própria Prefeitura, que especificou na licitação os dispositivos antifurtos necessários. “Colocamos dispositivos de segurança no sistema, como uma gaiolinha no projetor, um rack-cofre para o computador e embutimos toda a fiação”, completa Keila.

Além do Guarujá, a Sapienti tem como clientes mais dez secretarias de educação municipais de São Paulo e do Recife.

Teclado antivandalismo

Dando socos no teclado de uma carteira-computador, um expositor do Grupo Cequipel comprova a tecnologia antivandalismo do produto. Conectadas a um computador comandado pelo professor, as carteiras-computador possibilitam que os alunos vejam em seus monitores as imagens exibidas na lousa digital.

A empresa mira o programa de inclusão digital do governo federal Um Computador por Aluno (UCA), que pretende distribuir laptops aos estudantes da rede pública. “O computador portátil tem uma série de deficiências. Ele pode ser usado para fins não-educacionais, há a questão da segurança do equipamento, as chances de quebrar são maiores e ele consume muita energia elétrica”, elenca Mauro Silva, gerente de informática do Cequipel.

De acordo com Silva, as carteiras-computadores estão em homologação no Ministério da Educação (MEC). Caso sejam aprovadas, poderão participar dos processos licitatórios do ministério. A carteira-computador tem um custo aproximado de R$ 1.600 por unidade. Uma sala totalmente equipada para 30 alunos não sai por menos de R$ 50 mil.

Silva admite que a demora no processo de aquisição de equipamentos na rede pública afasta os empresários. No caso da prefeitura do Guarujá, entre elaboração do projeto, processo de licitação e instalação das salas multimídias, passaram-se 12 meses. “As escolas particulares continuam sendo nosso maior mercado, mas sem dúvida a participação das públicas vem crescendo”, afirma Silva.

Além de equipamentos, softwares também estão entre os produtos oferecidos à rede pública. Lançado nesta semana na feira Interdidática, o Konviva, da Sensus/Ilog, é uma rede social elaborada para “ensinar os alunos a conviverem no meio social digital”. Similar ao Orkut, e com ferramentas de outras redes sociais, o programa é controlado pelos educadores, que escolhem quem pode acessá-lo.

João Adriano Minetto, executivo de contas da Ilog, vê espaço para o produto nas escolas públicas: “Estamos conversando com prefeituras. O programa se enquadra dentro da campanha de inclusão digital do governo federal porque prepara as crianças para o mundo virtual”.

Último Segundo

Configuração do hardware e informações sobre os softwares instalados no ClassmatePC UCA – Um Computador por Aluno

1. Configuração de hardware do classmatePC

Processador:
• Intel(R) Atom(TM) CPU N270 @ 1.60GHz
• Velocidade: 1,600.00MHz

Memória:
• Memória RAM: 512 Megabytes

Memória de armazenamento:
• 4 Gigabytes

Sistema operacional:
• Metasys ClassmatePC
• Linux 2.6.28.9 i686 (sistema de 32 bits)
• KDE: 3.5.5 "release 45.6"

Interface:
• A interface gráfica é intuitiva, não são necessários conhecimentos prévios em Linux.

• O Laptop possui duas entradas USB compatíveis com Pendrive, mouse USB, câmeras digitais, teclado USB, HD externo dentre outros.

• Possui saída para fone de ouvido.

• Possui entrada para microfone.

2. Relação de softwares instalados no ClassmatePC

Aplicações gráficas:
• Gwenview
• KSanpshot
• KolourPaint
• Krita

Acessórios:
• Pidgin
• Konqueror
• Mozilla Firefox
• Kpowersave
• Ktnef
• KwikDisc
• Ark
• Kwallet
• Klipper

Utilitários:
• Kcalc
• Kedit

Configurações do Sistema:
• Configuração do Classmate (Utilitário de Disco, Resolução de tela-Display Switcher, Utilitário para redes Mesh-MeshUtility, Controle Anti-Furto-Theft Derrent.

• Ferramenta do Sistema (Seletor de Caracteres-KcharSelect, Editor de Menu do KDE-KmenuEdit, Visualizador de disco Livre-Kdf).

• Gerenciamento de redes (Assistente de Pastas de Rede-KNetAttach, Gerenciador de Rede-networkManager).

• Kcontrol (Centro de Controle KDE, configura o ambiente de trabalho).

• Centro de Controle YAST2 (Ferramenta de Gestão, instalação e configuração do Linux).

• Monitoração do Sistema (Centro de Informações de Hardware-KinfoCenter, Visualizador de Filas de Impressão-KjobViewer, Monitor de Performance-KSysGuard).

3. Informações sobre os softwares instalados

• Escritório (KOffice): suíte de escritório KOffice, integrada ao ambiente gráfico KDE. Esta versão do KOffice oferece um editor de texto (Kword), gerador de apresentações (Kpresenter), gerador de planilhas (KSpread), Fluxogramas (Kchart), diagramas (Kivio) e editor de imagens (Krita).

• Editor de texto (KWord): programa de processamento de texto. Este programa pode trabalhar tanto como um processador de texto tradicional ou como uma aplicação simples de publicações. Isto é possível porque o KWord é um processador de texto orientado a molduras e não orientado a páginas como é habitual acontecer com a maioria dos outros processadores de texto.

• Editor de texto para programadores (KWrite ): editor de texto simples. É semelhante ao Bloco de Notas do Windows e permite criar arquivos de texto sem necessidade de formatação, embora tenha sido projetado essencialmente para ser um editor para programadores.

• Editor de textos simples (Kedit): editor de textos simples, tendo como principal vantagem a de ter uma inicialização rápida.

• Gerador de apresentações ( KPresenter): aplicativo voltado para criação de apresentações utilizando slides, e, como as demais ferramentas do KOffice, ele também é compatível com outros programas de criação de slides.

• Planilhas eletrônicas e Gráficos: com esse software é possível fazermos tabelas e gráficos que possibilitam estabelecer relações quantitativas e depois qualitativas entre fatos, objetos ou seres vivos.

• KSpread: aplicativo baseado nas planilhas eletrônicas mais populares. É bastante simples e oferece compatibilidade com os arquivos gerados pelo StarCalc e similares.

• Kchart: programa gerador de fluxogramas e diagramas que facilitam a interpretação de dados quantitativos, de forma visual. Essa característica é demasiadamente importante, não apenas em Matemática, mas também em Biologia, Geografia, Química e História.

• Kivio: ferramenta que oferece recursos interessantes para serem trabalhados em aula na criação de um fluxograma ou diagrama criando-se imagens vetoriais.

• Kcalc: calculadora científica. A calculadora é um objeto matemático e serve para trabalhar com deduções, aproximações, e investigar fenômenos Matemáticos.

• Editor de Imagens (Krita): editor de imagens vetoriais semelhante ao Gimp ou ao PhotoShop. É indicado para retoques em fotografias, pintura artística semelhante a de tintas, pincéis, lápis e canetas, aplicações de filtros de cores, relevos, mapeamento, restaurações e ajustes.

Obs: o KDE possui diversos programas concebidos para educação, muitos disponíveis nos endereços abaixo:
http://www.kde.org/applications/education/
http://docs.kde.org/stable/pt_BR/kdebase-runtime/userguide/kde-edutainment.html

• Display Switcher: permite escolher a configuração do monitor, a escala (800 x 480, 800 x 600, 1024 x 768), e o tipo de exibição (tela cheia: modo compactado ou supercompactado, partes da tela: modo panorâmico).

• Visualizadores de documentos:
KPDF: programa destinado a ler arquivos PDF (Portable Document Format). Possui recursos interessantes como o modo apresentação e o modo contínuo não oferecido por programas mais populares como o Adobe Reader ou o Foxit Reader.

• Multimídia:
A música é uma linguagem bastante trabalhada na disciplina de arte e também uma das linguagens mais expressivas utilizada pela humanidade

Amarok: programa para reprodução de áudio. Permite criar várias listas de reprodução e detecta automaticamente mídias novas quando se insere um pendrive.

Gravadores de som Audacity: serve para gravar e editar áudio. O Audacity oferece ótimos recursos para uma proposta de ensino de Física ou de Artes. Permite unir arquivos de áudio, cortar, colar, alterar a intensidade de graves e agudos, adicionar efeitos especiais e representar graficamente às ondas sonoras.

Krec: aplicativo de gravação. Pode ser usado para gravar sons vindo ou enviados através do computador.

Krecord: gravador de som do KDE. Fácil de usar. Pode gravar e reproduzir arquivos WAV.

• Áudio e vídeo:
Kaffeine: permite a reprodução de arquivos de áudio e vídeo codificados em diversos formatos.

SMPlayer: reprodutor de arquivos de multimídia (áudio e vídeo), funções semelhantes ao Kaffeine.

Wxcam: esse aplicativo permite filmar, fotografar, trabalhar com simetrias, alterar cores e também gravar em diferentes formatos de resolução: 80 x 60, 160 x 120, 320 x 240, 640 x 480. O Wxcam não grava arquivos de vídeo com áudio sem que esteja habilitada a opção de compressão e a opção Xvid tem que estar marcada para gravar arquivos com áudio.

Tux Paint: esse software é um aplicativo para produção de desenhos. Muito intuitivo, ele também emite um som diferente para cada comando, despertando a curiosidade e incentivando as crianças a descobrirem seus recursos. Também oferece diversas formas geométricas, elementos de cenário para desenhos livres, diversos tipos de pincéis, reflexões e rotações.

Tux Typing: jogo que incentiva a pratica de digitação. O pingüim está com fome e ao digitar a seqüência correta em tempo hábil, ganha-se pontos alimentando-o com peixes.

Tux Math: jogo de Matemática, com a mesma interface e sistemática do Tux Typing. Serve como estímulo a prática de cálculos para crianças que estão sendo alfabetizadas em Matemática.

KolourPaint: é um programa de desenho simples e objetivo, muito semelhante ao MSPaint anterior a versão do Windows seven.

Gwenview: é um aplicativo que permite visualizar arquivos de imagem e de vídeo e navegar por arquivos de imagem e seus diretórios. Também permite exibir diversas imagens na forma de apresentação de slides (inclusive com vídeos).

KlogoTurtle: é através de comandos que geram desenhos e formas geométricas ou rotinas(sejam na forma de desenhos ou textos), permite explorar os princípios básicos de programação de computadores. O programa tem uma sintaxe um pouco diferente da linguagem LOGO desenvolvida no MIT, suportando comandos nos idiomas inglês, português, alemão, italiano e francês.

Squeak: permite trabalhar com linguagem orientada à objetos. Isto é, é possível utilizar códigos de programação para criar objetos interativos, como desenhos que se movimentam, comandos que criam outras figuras e diversas outras opções. Viabiliza a construção de jogos, simulações e até mesmo, atividades recreativas.

Shell-Konsole: funciona como Terminal. Terminais são uma forma simples de executar todo tipo de comando em interfaces de modo texto.

Thef Deterrent Server (Controle Antifurto): cada vez que o computador é iniciado, é feita pela internet a verificação do certificado antifurto do Classmate PC. O usuário do Classmate PC tem que ter um certificado válido que o autoriza a usá-lo. O software verifica a autorização e determina por quanto tempo o Classmate poderá ser usado.

Ksysguard (Monitor do sistema): é um aplicativo que permite visualizar graficamente o uso do Processador, da quantidade disponível de memória RAM, redes e tabelas de processos ativos com seus respectivos usos do sistema. É o equivalente ao gerenciador de tarefas do Windows.

Ksnapshot (Capturador de Telas): para “tirar fotos” do que aparece na tela, isto é, registrar as imagens exibidas na tela do computador. O Ksnapshot permite capturar toda imagem da tela ou apenas uma parte dela.

4. Terminal (Konsole)

EduSyst:
• Aprendizado Infantil: Kturtle e Squeak;
• Arte e Música: Tux Paint;
• Ferramentas de Aprendizagem: Digitação para crianças: Tux Typing;
• Matemática (Fatos fundamentais): Tux Math-Aplicativos de subtração, adição, divisão e multiplicação;
• Sync: Permite a sincronização de dados e arquivos com o computador e o servidor da escola.

Escritório:
• Editor de textos, planilhas, apresentações e imagens

Jogos:
• Jogos de cartas (Paciência e Tenente Skat)
• Jogos para crianças (Homem-batata e Cruzadinhas)
• Quebra-cabeças (Kminas-jogo semelhante ao Campo minado)

Metasys:
• Gerencia a versão do Sistema Operacional

Multimídia:
• Tocador de músicas, editor de áudio, controle de volume, gravador de áudio, gravador de som, tocador de multimídia e aplicativo webcam.

Procurar Arquivos/Pastas:
• Aplicativo de busca

Serviços internet:
• E-mail, álbum de fotos online, editor online de documentos, mapas online, notícias personalizadas online, enciclopédia online e vídeos.

5. Redes
Por meio dos recursos de rede, é possível promover ambientes de aprendizagem colaborativa.

A rede P2P sem fio Mesh (P2P: Ponto a Ponto) através do software Pidgin, permite a comunicação entre os laptops e a transferência de arquivos;

O modo de Cliente/Servidor de Compartilhamento de Internet permite que um dos laptos conectado a internet (rede com ou sem fio) compartilhe seu acesso com outros através da rede Mesh sem fio. Também mantém as propriedades da rede P2P sem fio Mesh de bate-papo e transferências de arquivos.

• Colaboração em Classe: funciona com pontos de acesso sem fio onde todos os computadores acessam a rede.

• Samba: aplicativo SAMBA permite criar redes mistas compartilhando recursos entre máquinas que usam Linux e Windows como Sistemas Operacionais. Requer a configuração do servidor, dos recursos e dos clientes que utilizarão a rede.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Para ministro da Educação do Paraguai, laptops por aluno não resolvem aprendizagem

Correio Braziliense
Publicação: 30/04/2010 18:25
Assim como Uruguai, Argentina e Brasil, o Paraguai também implementa um programa para distribuir laptops, que devem ser utilizados em sala de aula, a alunos da rede pública. Para o ministro da Educação paraguaio, Luis Alberto Riarte, o maior custo desse tipo de programa não é econômico. O esforço está em garantir a estrutura necessária para que os computadores tenham efeito no aprendizado.

"O custo real é deixar as escolas em condição para permitir a missão que temos. O erro que só comete é colocar a solução para o ensino no computador se não existe proposta pedagógica", defendeu em encontro sobre educação na América Latina.

Na avaliação do ministro, é preciso primeiro garantir a estrutura física, as ferramentas para uso em sala de aula e principalmente a formação docente. "A situação é muito particular no Paraguai pela precariedade da infraestrutura de algumas escolas", apontou.

O Paraguai irá produzir os computadores que serão utilizados pelos estudantes. Antes é preciso organizar a demanda de produção. "São 1 milhão de alunos e mais 90 mil docentes. Temos que repor as máquinas todo ano e seremos capazes de atender os alunos que entram anualmente no sistema escolar, são cerca de 50 mil ao ano", explicou.

A distribuição dos computadores começará pelos professores. Riarte presenteou o ministro da Educação, Fernando Haddad, com um modelo do computador que será utilizado pelos alunos paraguais.

No Brasil, as máquinas do programa Um Computador por Aluno (UCA) começaram a ser distribuídas este ano. Serão atendidos 300 mil alunos em cerca de 85 escolas públicas.

Na Argentina, o governo irá distribuir 3 milhões de computadores para alunos do ensino médio. Já no Uruguai o governo conseguiu universalizar a ação para todos os estudantes da rede pública do ensino primário.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Caminhando

Quando nos deparámos com dois caminhos custa sempre decidir qual o que vamos prosseguir… Se vamos continuar no mesmo que percorremos já há algum tempo, aquele que já conhecemos decor, aquele que nem sempre nos agrada mas que já nos proporcionou muitos bons momentos… porque nem sempre tudo foi perfeito mas tudo valeu a pena… aquele cujo o fim já é o esperado… que por vezes parece ser o mais fácil (na medida em que provoca menos dor) mas nem sempre o mais feliz… ou se nos aventuramos pelo caminho que se nos deparou naquele momento… aquele caminho que estava sempre ali ao lado… para o qual olhava às vezes com saudades… mas que não sabemos como acaba… se acaba… o que nos vai trazer… se vamos ou não ser felizes… se vai ou não valer a pena…

Mudar de rumo não é fácil mas por vezes torna-se necessário, principalmente quando a nossa liberdade e felicidade disso depende… Apesar das boas recordações, dos momentos marcantes, amar é também saber dizer adeus na altura que achámos certa… e seguir por outro caminho significa recordar o que vivemos, aprendemos, crescemos no passado… recordar a pessoa que esteve ao meu lado… sem ela não seria a mesma… não sei se seria melhor ou pior… mas de uma coisa e certa, seria diferente!!!

É difícil…

"Quando alguém encontra o seu caminho, não pode ter medo. Precisa de ter coragem suficiente para dar passos errados. As decepções, as derrotas, desânimo, são ferramentas para nos mostrar a estrada."

Brida de Paulo Coelho